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DÍVIDA PÚBLICA

Relatório da IFI destaca crescimento econômica e alerta sobre dívida pública

Dívida bruta, que deve encerrar 2022 em 76,6% do PIB, passaria a 79,5% do PIB em 2023 e alcançaria 95,3% do PIB em 2031.

21/11/2022 09:40

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Relatório destaca crescimento econômico e alerta sobre dívida pública

Relatório da IFI destaca crescimento econômica e alerta sobre dívida pública Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

A Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou, na última sexta-feira (18), o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) do mês de novembro. 

Entre projeções para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) e números sobre a inflação, a IFI faz um alerta sobre o crescimento da dívida pública.

Conforme as projeções da IFI, a dívida bruta, que deve encerrar 2022 em 76,6% do PIB, passaria a 79,5% do PIB em 2023 e alcançaria 95,3% do PIB em 2031. Segundo o relatório, não é um bom prognóstico. 

A análise é que, a partir das premissas adotadas no cenário base, a probabilidade de a dívida passar de 90% em 2026 é de 30%. 

A IFI aponta ainda que o superávit primário requerido para estabilizar a dı́vida em 76,6% é de 1,4% do PIB.

O relatório de novembro destaca também que a economia brasileira cresceu acima do previsto durante o primeiro semestre, com reflexos na queda do desemprego. 

A IFI projeta que o crescimento do PIB deve desacelerar de 4,6%, em 2021, para 2,6%, em 2022. Para o ano que vem, o índice deve diminuir para apenas 0,9%. No médio prazo, a previsão de crescimento real do PIB é de 2,0% ao ano.

O RAF ainda mostra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro registrou variação de 0,59%, com alta acumulada de 6,47% nos últimos 12 meses (ante 7,17% em setembro). Após ter registrado deflação nos últimos três meses, o IPCA voltou a subir em outubro. 

As projeções da IFI indicam que o IPCA deve encerrar 2022 em 5,6%, desacelerando para 4,6% em 2023.

PEC da Transição

Em relação à PEC da Transição, apresentada pelo governo eleito, a IFI diz que a medida inspira preocupação. 

Em síntese, a PEC retira do teto de gastos as despesas com o Auxílio Brasil, que deverá voltar a se chamar Bolsa Família, e investimentos, até um certo limite, além de despesas menores custeadas com recursos próprios, de convênios e de doações. 

A retirada, contudo, não implica recálculo do teto, abrindo um espaço de R$ 103 bilhões dentro do limite para ser preenchido por novas despesas. 

Além disso, a promessa de ampliação do atual Auxílio Brasil deve custar R$ 69,8 bilhões em 2023.

O relatório aponta que, no fim, “a fatura pode ser bem alta”. Se todo o espaço deixado no teto for preenchido, o impacto fiscal da PEC da Transição, apenas para o ano que vem, chegaria a R$ 173,1 bilhões. O texto faz a ressalva, no entanto, de que se trata de um impacto potencial que, portanto, pode não ocorrer. 

De acordo com o relatório, a PEC da Transição viabiliza a implementação de compromissos de campanha, mas não mostra como isso se relaciona com a sustentabilidade das contas no médio prazo. 

Os altos valores fora do teto poderão, segundo a IFI, trazer fortes impactos na dívida pública.

Com informações da Agência Senado

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