A Comissão CRC SP Mulher foi criada há oito anos com o objetivo de ampliar a participação feminina na Contabilidade e nas ações sociais e políticas do País. Hoje, dos 140 mil profissionais registrados no CRC SP, quase 40% são mulheres. Uma das missões da Comissão é conscientizar sobre a relevância dos valores e posturas da mulher para o mercado de trabalho. Em entrevista para o Opinião, a coordenadora do CRC SP Mulher, Marilene de Paula Martins Leite, nos conta um pouco mais sobre os desafios na profissão e os projetos do grupo para este ano.
Dos 140 mil profissionais da Contabilidade hoje no estado de São Paulo, quantas são mulheres?
A participação da mulher na carreira contábil cresce a cada ano. Em São Paulo hoje são cerca de 54 mil mulheres, o que representa 38% do total de profissionais da Contabilidade registrados no CRC SP. Há aproximadamente dois anos, esse número não chegava a 40 mil.
Quais são os objetivos e as propostas da comissão?
O objetivo da Comissão é promover o aprimoramento técnico cultural, desenvolver ações incentivando maior participação dos profissionais da Contabilidade na vida social, nas entidades de classe e na política do País. Nossas propostas são de conscientizar essas pessoas a fazerem carreira na política, seja nas entidades de classe ou na política partidária.
É fácil envolver a profissional nas ações para o desenvolvimento da carreira?
Desenvolver a carreira deveria ser o objetivo de todo profissional, porém é difícil. A mulher tem sempre uma carga maior de responsabilidades, o que dificulta na hora de focar na profissão. Uma das propostas do CRC SP Mulher é mostrar que as oportunidades devem ser desenvolvidas e que com o trabalho em conjunto, poderemos alcançar objetivos maiores.
Quais são os principais obstáculos para a mulher profissional da Contabilidade? Existem preconceitos? A remuneração é a mesma dos homens?
Como em toda profissão, existem os prós e os contras. Na Contabilidade não é diferente. A discriminação existe ainda, mas cada vez mais a mulher assume o seu lugar no mercado de trabalho, diminuindo até mesmo a diferença salarial que existe. O perfil da mulher, por ser mais cuidadosa e organizada, é um ponto a favor na carreira.
É complicada a concorrência masculina ou as barreiras já são águas passadas?
Hoje em dia a concorrência não é mais uma barreira. Se verificarmos os bancos acadêmicos, já notamos que a predominância nos cursos de Contabilidade é de mulheres. Em alguns estados do Nordeste, por exemplo, o número de mulheres é superior ao de homens.
Quais são os planos da Comissão para 2012?
Para este ano, a Comissão organiza palestras técnicas e de incentivo à participação dos profissionais da Contabilidade no meio político. Queremos levar esses eventos ao interior do estado e mostrar ao público contábil que precisamos participar politicamente de todas as decisões. Isso faz parte da democracia e nós profissionais da Contabilidade somos capazes de fazer a diferença na construção de uma sociedade melhor.
Fonte: CRC - SP
