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IODE-PMEs

PMEs recuaram 1,7% em outubro, mas mantém média acima de 2021

Mesmo com diminuição, IODE-PMEs indica continuidade do crescimento das PMEs do setor industrial (+8,9%)

01/12/2022 09:10

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Índice mostra recuo das PMEs em outubro, mas média acima de 2021

PMEs recuaram 1,7% em outubro, mas mantém média acima de 2021 Foto: Pexels/Marta Dzedyshko

A movimentação financeira das PMEs brasileiras iniciou o quarto trimestre de 2022 em menor proporção na comparação anual – primeiro resultado negativo do ano. Os dados são do Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas (IODE-PMEs).

Apesar da desaceleração vista no decorrer do terceiro trimestre, o índice ainda havia permanecido em níveis superiores aos observados no mesmo período do ano anterior.

Figura 1: IODE-PMEs
(Número índice – base: média 2019=100)

Fonte: IODE-PMEs (Omie)

Em outubro de 2022, o IODE-PMEs indica que a média financeira das PMEs brasileiras recuou 1,7%. Já na análise direta com setembro de 2022, o índice aponta uma diminuição de -3,9%. 

Mesmo com o resultado negativo no último mês, o acumulado do ano traz um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2021.

O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 637 atividades econômicas que compõem cinco grandes setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

“Apesar da queda da inflação e da melhora no mercado de trabalho, a taxa de juros (SELIC) e o endividamento das famílias prejudicam a evolução das PMEs. De fato, a confiança dos consumidores – medida pelo ICC-FGV – recuou 0,4 ponto em outubro, após quatro meses de altas consecutivas, reflexo da piora das expectativas dos agentes para os próximos meses”, comenta o gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem,  Felipe Beraldi.

Segundo as aberturas setoriais do IODE-PMEs, o resultado negativo do mercado em outubro foi puxado, especialmente, pelo fraco desempenho dos setores Comércio e Serviços – segmentos com o maior volume de empresas da economia brasileira. 

No Comércio, a movimentação financeira real do setor recuou 8,9% em outubro/22 na comparação anual, com quedas verificadas tanto no atacado quanto no varejo. “O resultado no mês chama a atenção já que o Comércio vinha se destacando positivamente no mercado de PMEs nos últimos meses”, comenta Beraldi.

A movimentação financeira das pequenas e médias empresas em serviços apresentou recuo de 1,1% frente a outubro de 2021. Nesse setor, o IODE-PMEs já mostra quedas consecutivas desde junho/22. 

Dentre as atividades, os fracos resultados estão concentrados em saúde humana e serviços sociais e transporte, armazenagem e correio. Também se observa fraco desempenho em  educação.

Na contramão do resultado geral, há áreas que apresentaram crescimento. A movimentação da indústria avançou 8,9% na comparação anual em outubro/21, com destaque para os segmentos moveleiro, de máquinas e equipamentos. As PMEs de infraestrutura também tiveram resultados positivos (+1,4% YoY).

O comércio também chama a atenção, uma vez que houve recuo de 8,9% na comparação com o ano anterior. O índice aponta que ainda é cedo para assumir se a queda no último mês se configura como tendência  para o setor.

Figura 2: Evolução do IODE-Comércio
(Número índice – média móvel em 12 meses)

Fonte: IODE-PMEs (Omie)

Mesmo com resultados negativos, alguns segmentos varejistas mantiveram  crescimento, como: tecidos e vestuário, eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo e móveis. Assim, atividades que costumam impulsionar as vendas na Black Friday mantiveram tendência positiva nos últimos meses.

Fonte: Omie/ NovaPR

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