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BOLSA FAMÍLIA

10 milhões de beneficiários podem estar irregulares no Bolsa Família

Inscrições suspeitas estão no CadÚnico e serão submetidas a uma avaliação mais rigorosa para a confirmação das informações.

12/01/2023 14:30

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Bolsa Família: 10 milhões de beneficiários podem estar irregulares

10 milhões de beneficiários podem estar irregulares no Bolsa Família Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O governo aponta indícios de irregularidades em cerca de 10 milhões de beneficiários do programa Bolsa Família, segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. São, ao menos, 6 milhões de famílias formadas por uma única pessoa.

O próprio ministro do Desenvolvimento Social disse no dia 29 de dezembro, antes da posse do novo governo, que o cadastro seria revisto.

As inscrições suspeitas estão no Cadastro Único (CadÚnico) e passarão por uma avaliação mais rigorosa para a confirmação das informações dos beneficiários. O objetivo da análise é sanar erros e corrigir fraudes.

“São cerca de 10 milhões no meio de 40 milhões de famílias que estão no Cadastro Único que a gente acredita ter indícios de irregularidades. Destes, cerca de 6 milhões são de famílias unipessoais”, disse o ministro. 

As famílias unipessoais, pessoas que moram sozinhas, são alvo do governo, pois o valor do benefício de R$ 600 é único, independentemente do número de pessoas nas famílias. Por esse motivo, suspeita-se que pessoas que moram juntas tenham cadastros independentes como família unipessoal para receber dois benefícios.

De acordo com Dias, esse trabalho de revisão cadastral, que tanto vai retirar quanto acrescentar novos beneficiários, será feito já no mês de fevereiro.

A intenção é liberar os pagamentos do adicional de R$ 150 para famílias com crianças até seis anos já em março. O ministro não mencionou se haverá pagamento retroativo desse valor.

Dias disse que grande parte dessas famílias foi incluída no “último período”, fazendo referência ao segundo semestre de 2022, quando o então Auxílio Brasil passou a pagar o benefício para mais de 20 milhões de famílias e o valor foi elevado para R$ 600, com Bolsonaro visando a reeleição. 

O ministro garantiu ainda que a análise será feita de forma cuidadosa para não prejudicar os que mais precisam.

A partir desse trabalho de recadastramento, será possível ampliar o pagamento da transferência de renda para cumprir a promessa de campanha de Lula, de um adicional para famílias com crianças pequenas. Com isso, também, o governo terá condições de apresentar uma nova proposta para o Bolsa Família.

“Agora em janeiro faremos o pagamento dos R$ 600. Inicia, em fevereiro, tanto a atualização cadastral como todo este trabalho com a rede da assistência social, com busca ativa para trazer quem está fora. No cartão que a gente libera em fevereiro para pagamento em março já estará atualizado com R$ 150 para aqueles que a gente tem segurança na atualização do cadastro”.

Fonte Valor Econômico

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