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Recuperação judicial da Americanas é 4ª maior da história do Brasil

Recuperação judicial deve auxiliar Americanas a renegociar o pagamento de dívidas em condições especiais.

23/01/2023 15:00

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Americanas: entenda o pedido de recuperação judicial

Recuperação judicial da Americanas é 4ª maior da história do Brasil Towfiqu barbhuiya/Pexels

Na última quinta-feira (19) a Americanas deu entrada no processo de recuperação judicial após comunicar que identificou inconsistências contábeis.

A empresa afirmou ter R$ 800 milhões em caixa e ter dívidas de R$ 43 bilhões. Com isso, a recuperação judicial da empresa se torna a quarta maior da história do Brasil.

Em termos de valores, a maior recuperação judicial do País é a da Odebrecht, que iniciou o processo com dívidas de R$ 80 bilhões. A segunda maior é da Oi, recentemente finalizada, de R$ 65 bilhões. A terceira é a da Samarco, de R$ 55 bilhões.

A dívida da Americanas, de R$ 43 bilhões, é maior que a da Sete Brasil, com R$ 19 bilhões, e da OGX, com R$ 12,3 bilhões, no ranking de maiores processos de recuperação judicial no Brasil.

Americanas

A Americanas tem 44 mil funcionários. De acordo com a varejista, o processo de recuperação judicial tem o objetivo de “manutenção de empregos, pagamento de impostos e a boa relação com seus fornecedores e credores e investidores de forma geral”.

Contudo, a marca reforçou, por meio de comunicado, que segue com determinação rumo a uma nova fase, com o compromisso com a sociedade e disposta a construir soluções que possam vir a atender aos credores da empresa.

A Americanas reafirmou que os acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira irão financiar parte da recuperação da empresa.

“Para tanto, o grupo de acionistas de referência da empresa informou ao Presidente do Conselho de Administração que pretende manter a liquidez da companhia em patamares que permitam o bom funcionamento da operação de todas as lojas, do seu canal digital, Americanas.com, da AME e suas coligadas”, diz a nota.

Recuperação judicial

A presidente da Comissão de Direito da Moda da OAB-SP, Flávia Nascimento, explica que a recuperação judicial nada mais é do que uma forma de renegociar o pagamento de dívidas, e, inclusive, obter desconto no pagamento. 

“A lei não pretende proteger devedores, nem só proteger os credores, mas sim a atividade empresarial. A empresa tem uma função muito importante na economia, uma função social”, explica a advogada.

A Americanas, bem como Submarino, Shoptime e Natural da Terra, devem continuar a funcionar normalmente durante o processo de recuperação judicial. O que os consumidores podem sentir é uma redução do estoque da empresa, com menor diversidade de produtos à venda.

Com informações do InfoMoney

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