De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central (BC), a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, avançou de 347,4% ao ano no fim de 2021 para 409,3% ao ano em dezembro do ano passado.
O crescimento do juro do cartão de crédito rotativo foi de 61,9 pontos percentuais em 2022 e a taxa terminou o ano no maior patamar desde agosto de 2017 (428% ao ano). A série histórica do BC começa em março de 2011.
Já a taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com pessoas físicas e com empresas registrou alta de 8,2 pontos percentuais no ano de 2022 e chegou a 42% ao ano em dezembro.
O juro médio, nesse caso, foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De acordo com o BC, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas subiu de 19,7% ao ano, em dezembro de 2021, para 23,1% ao ano no fim do ano passado. O aumento foi de 3,4 pontos percentuais.
Já nas operações com pessoas físicas, os juros subiram de 45% ao ano, em dezembro de 2021, para 55,8% ao ano no fechamento do último ano. A alta foi de 10,8 pontos percentuais.
A taxa de juros do cheque especial das pessoas físicas chegou a 131,9% ao ano no encerramento de 2022, com aumento de 4 pontos percentuais em comparação a 2021.
Acima da Selic
Com o aumento registrado no ano passado, os juros bancários médios subiram mais do que a taxa básica da economia, a Selic, que avançou 4,5 pontos percentuais (de 9,25% para 13,75% ao ano) no mesmo período.
O objetivo do ciclo da alta da taxa Selic, segundo o BC, foi conter as pressões inflacionárias decorrentes da pandemia da Covid, a alta dos preços dos combustíveis e dos alimentos (reflexo da guerra na Ucrânia).
Com informações g1