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Americanas: como empresas que vendem em seu marketplace podem evitar prejuízos com a situação

Com quase R$ 50 bilhões em dívidas, os empresários que oferecem seus produtos via marketplace da Americanas estão com receio de não receber.

05/02/2023 13:00

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Marketplace e Americanas: dicas para empresários não terem prejuízo

Americanas: como empresas que vendem em seu marketplace podem evitar prejuízos com a situação Tânia Rêgo/Agência Brasil

Depois do anúncio das inconsistências contábeis da Americanas que já acumulam dívidas de quase R$ 50 bilhões, notebooks convencionais sendo anunciados por R$ 40 mil reais, além de eletrodomésticos, eletrônicos e vários outros itens com preços absurdamente altos tomaram conta da Americanas marketplace. 

O motivo é que os sellers da empresa estão com medo de não receberem os valores referentes às suas vendas, considerando a situação atual da Americanas.

Por motivos óbvios em relação à elevação dos preços, a plataforma já começa a perder tráfego e volume de vendas, prejudicando seriamente as empresas que dependem majoritariamente do fluxo de vendas dentro do marketplace.

Apesar do marketplace representar atualmente 65% do faturamento bruto da Americanas, receber 1 bilhão de acessos mensais e ter construído uma carteira sólida de 49 milhões de clientes desde 2006, uma parcela destes consumidores já começam a migrar suas compras para outras plataformas e e-commerces.

Atualmente, a empresa possui 16.300 credores e uma dívida de aproximadamente R$ 47,9 bilhões, se o pedido de recuperação judicial for aceito, a Americanas terá até 180 dias livre de cobranças para apresentar um plano de pagamento aos credores.

Para que o plano seja aceito, será necessária uma aceitação formal de mais de 50% dos credores. Caso isso não aconteça, as coisas podem ficar mais complicadas, levando a chances reais de falência.

Mas ainda existe uma saída para os micro e pequenos empresários que estão avistando o risco e entendendo que precisam se posicionar estrategicamente para amenizar os prejuízos. A saída se chama: posicionamento multicanal.

Qual o risco para o empresário?

O medo dos lojistas é de terem seus créditos bloqueados, mesmo após uma venda ser efetuada. Tecnicamente, o dinheiro dessas vendas não entra no processo de inconsistências contábeis da Americanas.

Porém, quem vende em marketplaces já viu situações semelhantes acabarem mal para os lojistas. Um exemplo foi o caso da Livraria Cultura, que ao somar dívidas de mais de R$ 285 milhões, recorreu às brechas da lei para fazer com que os créditos dos lojistas fossem retidos.

Portanto, é natural que a primeira ação dos empresários que anunciam em marketplaces seja o aumento dos preços. Afinal, fechar a conta nestes canais pode ser um processo lento, e ninguém quer sofrer prejuízos.

Como deixar de depender do marketplace para vender

Existe um mundo de possibilidades além dos holofotes dos marketplaces e suas altas taxas de participação. Todos os dias, milhares de consumidores pesquisam no Google por produtos e serviços que desejam comprar e contratar. Os empresários que atendem regionalmente, ou até mesmo nacionalmente, podem usufruir destas buscas indo direto aos possíveis clientes e fechando negócios.

Para isso, é preciso aparecer do jeito certo, na hora certa e para as pessoas certas. Isto é: atingir quem está buscando ativamente por produtos e serviços específicos. Neste cenário, a internet continua sendo a ferramenta principal de vendas.

Dentre as vantagens, é possível aplicar estratégias mais independentes ao mesmo tempo em que há a oportunidade de construir com solidez a autoridade da marca perante aos consumidores, sem a dependência de intermediários.

E engana-se quem pensa que, para aderir ao posicionamento multicanal, não há apoio ou ferramentas que auxiliem neste processo.

Com vários especialistas no mercado, os lojistas que estão em busca de estratégias mais confiáveis, contar com uma empresa com foco em tráfego é uma forma assertiva de chegar ao público certo com menos esforço. E principalmente: sem medo de prejuízos por depender do marketplace.

Com informações Neris Comunicação e Empari Global Innovation

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