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Confira 12 tendências que devem ser implementadas na gestão de pessoas em 2023

Pesquisa com executivos mostra quais são os principais tópicos em alta nas companhias.

19/02/2023 09:00

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Gestão de pessoas: principais tendências para 2023

Confira 12 tendências que devem ser implementadas na gestão de pessoas em 2023

O desenvolvimento e a capacitação da liderança (50,8%), a cultura organizacional (34,8%) e a comunicação interna (29,1%) serão as três principais prioridades das áreas de gestão de pessoas no Brasil em 2023. 

As informações constam em uma pesquisa inédita da consultoria global Great Place To Work (GPTW) e do Great People, ecossistema de marcas que apoiam empresas na construção de ambientes de trabalho mais saudáveis. O estudo ouviu 1.716 executivos, sendo 63,2% de recursos humanos e 36% em cadeiras de gerência e diretoria.

De acordo com a diretora de conteúdo e relações institucionais do Great People, Daniela Diniz, é a segunda vez que a capacitação dos líderes ocupa o primeiro lugar da lista de prioridades das companhias.

“O mundo do trabalho mudou e há mais gerações trabalhando juntas. É preciso desenvolver as chefias para um novo contexto de produção, que exige mais flexibilidade, humanidade e, ao mesmo tempo, eficiência e resultados”, explica.

O trabalho mostra que as características mais valorizadas das lideranças pela cúpula das organizações são empatia e gestão humanizada (46,8%), conhecimento do negócio, produtos e serviços (43,2%), alinhamento com a estratégia (41,4%), resiliência e adaptação às mudanças (35,6%).

Incertezas e contratações

A especialista também destaca a incerteza do brasileiro quanto ao cenário de trabalho. No ano passado, o índice de “incerteza” marcou 19% e, em 2023, subiu para 30,5%. Já a taxa de “otimismo”, que mede os sentimentos positivos em relação ao ano, caiu de 80% para 67,8%, no mesmo período.

A escassez de vagas no mercado de trabalho pode ser uma das razões para o derretimento da confiança dos profissionais. De acordo com o relatório, apesar de 54,7% das empresas afirmarem que pretendem aumentar o número de empregados em 2023, 27,6% não planejam fazer contratações e 5,3% estudam a possibilidade de realizar demissões.

“Houve desaceleração nas contratações da área de Tecnologia da Informação (TI), reforçando o cenário de demissões em alta”, pondera Daniela. “Esse setor sempre foi o mais aquecido nas pesquisas anteriores mas, este ano, despencou para o terceiro lugar, o que indica que ainda poderemos ver ajustes nos times das empresas do ramo”. 

Segundo o relatório, os departamentos que as diretorias mais desejam reforçar com admissões são suporte e operação (30,5%), relacionamento e vendas (30,2%) e tecnologia (26,6%).

Prioridade na gestão de pessoas

Outros temas que aparecem como prioridade na gestão de pessoas estão a experiência do colaborador (28,3%), a saúde mental (27,4%) e novas políticas/formatos de trabalho (21,6%). Confira o ranking completo abaixo.

Tópicos em alta

Quantidade

Desenvolvimento/capacitação da liderança

50,8%

Cultura organizacional

34,8%

Comunicação interna

29,1%

Experiência do colaborador

28,3%

Saúde mental

27,4%

Novas políticas/formatos de trabalho

21,6%

Diversidade e inclusão

17,9%

Marca empregadora (Employer branding)

16,2%

Princípios ESG

13,9%

Digitalização de processos e ferramentas de RH

13,1%

Transformação digital

12,6%

People analytics

8,7%

Outros

1,6%

A executiva mostra preocupação sobre as diretrizes de saúde mental adotadas pelas organizações. A análise aponta que menos da metade das empresas (49,7%) tem um orçamento direcionado para área em 2023, bem abaixo da parcela (90%) das marcas listadas no ranking As Melhores Empresas para Trabalhar em 2022, elaborado pelo Great Place To Work, que adotava práticas relacionadas ao bem-estar. 

“Se olharmos para os números desse pilar, ainda percebemos poucas estratégias efetivas para lidar com a questão”, diz a CEO do Great Place To Work, Tatiane Tiemi.

Sobre o avanço do ESG, sigla que se refere às melhores práticas ambientais, sociais e de governança, Tiemi considera que há ações pontuais e isoladas nas empresas que, muitas vezes, não “conversam” entre si. 

A maioria dos grupos ouvidos no levantamento (23,8%) não tem iniciativas ou políticas estruturadas de ESG, enquanto 18,1% mantêm práticas de sustentabilidade, mas que não são organizadas ou ligadas a movimentos globais.

Por fim, a diretora do Great People ressalta a queda do tema “transformação digital”, que é citado entre os desafios e prioridades das chefias. 

“O assunto era a segunda e a terceira preocupação das empresas nas pesquisas entre 2018 e 2021. Em 2022, despencou para o nono lugar e, em 2023, foi para a décima primeira posição. A percepção é que as companhias superaram essa fase e já estão vivendo a era digital”, conclui.

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