O Serasa registrou mais de 90 pedidos de recuperação judicial no início deste ano. Dados do Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian mostram que em janeiro foram registrados 92 pedidos de recuperação judicial no Brasil, um crescimento de 37,3% em comparação com o mesmo mês de 2022.
As empresas do setor de Serviços foram responsáveis pelo maior volume das requisições, somando 44. De acordo com economistas, o pedido de recuperação judicial é o segundo estágio da dificuldade financeira das companhias, sendo a inadimplência o primeiro.
Os dados mostram ainda que dezembro de 2022 já registrava o recorde histórico de 6,44 milhões de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJs) no vermelho.
Na análise por porte, as Micro e Pequenas empresas (MPEs) lideram os pedidos de recuperação judicial com um total de 62, seguidas pelas médias e grandes empresas empatadas com 15 requerimentos cada.
Pedidos de falência crescem 56,5%
Em janeiro de 2023, o total foi de 72 pedidos de falência, um crescimento de 56,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. As MPEs também lideram a maior parte dos requerimentos, somando 28, sendo a maioria no setor da Indústria.
Recuperação judicial e falência, qual a diferença?
A ideia da recuperação judicial é tentar um acordo entre a empresa em crise e todos os seus credores, tudo sob a supervisão da Justiça.
A recuperação judicial começa com um pedido da própria empresa que passa por dificuldades, assim ela ganha um fôlego com a suspensão temporária de cobranças, mas precisa apresentar uma estratégia de recuperação. Caso ela não consiga cumprir com o acordo e sanar as dívidas, os próprios credores podem entrar com o pedido de falência.
Quando o juiz decreta a falência da empresa devedora, a companhia encerra as atividades, e seus ativos são vendidos para o pagamento das dívidas.
Fonte: Serasa Experian