Na avaliação do economista, com a desoneração, o custo sobre a folha de pagamento de alguns setores caiu de 102% para 79%. Na opinião dele, essa medida deveria ser estendida a todos os segmentos econômicos. Pastore disse que uma reforma trabalhista se faz necessária e urgente, pois o custo do trabalho no Brasil tem crescido acima da produtividade. Como exemplo, o economista citou que, entre 2008 e 2011, o salário médio da indústria de transformação cresceu 25% acima da inflação e 150% em dólar, enquanto o salário médio de outros setores avançou 12,4% e a produtividade nem chegou a se expandir nesse período.
Ainda de acordo com Pastore, ao desonerar a folha de pagamento, o Partido dos Trabalhadores (PT) reconheceu que os elevados encargos sobre a folha são um dos principais entraves à atividade industrial e ao crescimento econômico. "O governo do PT, que sempre resistiu à ideia de que o custo do trabalho é alto, agora reconheceu o que eu sempre defendi", disse. Após anos ouvindo críticas de economistas do partido, atualmente Pastore tem sido chamado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para participar das discussões sobre a desoneração da folha.
Fonte: Agência Estado