Nesta terça-feira (16), a Polícia Federal realizou a Operação Lutcha, em que deflagrou nas cidades de São Paulo e Itaquaquecetuba uma ação de combate à concessão fraudulenta de benefícios previdenciários que causou prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão.
De acordo com as investigações, o caso originou-se a partir de uma nova modalidade de fraude em benefícios previdenciários, por meio da instalação de dispositivos eletrônicos nas redes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .
A instalação desses dispositivos acaba permitindo o acesso remoto aos sistemas do instituto, bem como os dados e as senhas dos servidores.
Segundo análises, foi demonstrado que organizações aliciam funcionários do INSS.
Ao aliciar esses trabalhadores, estes instalam os dispositivos eletrônicos na Agência da Previdência Social do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, permitindo a concessão fraudulenta de benefícios previdenciários.
Constatou-se que essa modalidade de fraude, iniciada a partir do ano passado, afetou ao menos 22 mil segurados em todo o Brasil, além de causar um prejuízo bilionário aos cofres públicos.
Atuantes na investigação
As investigações contaram com a cooperação do Núcleo de Inteligência da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e do INSS.
Inicialmente, os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciários, associação criminosa e corrupção passiva.
