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Se o empresário não inovar, ele não sobrevive

Em meio a crescente revolução tecnológica, empresários precisam se atualizar em conformidade a velocidade dessas mudanças.

27/04/2012 10:01

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Se o empresário não inovar, ele não sobrevive

Primeiro presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Mario Barra estuda os avanços tecnológicos e incentiva a adesão de empresários à inovação há três décadas. Especialista no assunto, ele esteve ontem em Florianópolis para participar de um evento da Federação das Indústrias de SC (Fiesc).
Segundo Barra, atualmente, um número muito pequeno de empresas têm um trabalho estruturado para a inovação, considerada vital para a sobrevivência da indústria. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista com o diretor da associação nacional.

A Anpei foi criada em um momento diferente, quando as empresas atuavam em um cenário de mercado fechado. Quanto a inovação das empresas nacionais avançou neste período?

Foram grandes movimentos de atualização e de modernização. Porque há uma grande necessidade de mobilização para que haja efetivamente um movimento para frente, para que o Brasil não perca os bondes da história. Não podemos deixar passar qualquer iniciativa ou proposta. Nesse sentido existe um número relativamente pequeno de empresas ainda que esteja tão consciente da importância da inovação. É preciso resgatar uma massa muito grande que até pratica inovação, mas não estruturada. Se o empresário não inovar, ele não sobrevive. E esse processo tem que ser sistemático, contínuo. A preocupação em melhorar, inovar e evoluir deve estar incorporada no sistema da gestão das empresas.

O quanto a baixa competitividade de alguns segmentos está ligada a falta de aposta de empresários na inovação?

O grande movimento da Anpei é motivar os empresários a se engajarem mais nesse desafio que é introduzir inovações. Muito foi feito, mas há muito o que se fazer. Nossas conferências, por exemplo, trazem para mais próximo da realidade dos empresários exemplos bem sucedidos de inovações que foram implantadas para motivar. Essa movimentação toda é para transformar a inovação em algo mais de dia a dia, de entendimento, de acesso, e não um bicho de sete cabeças insolúvel.

E o que falta para que isso realmente aconteça?

Hoje é uma qualificação ser empresário. O importante é que os empresários sejam também inovadores. É uma qualificação adicional que qualquer empresário pode conquistar. Acho que, no fundo, cabe aos empresários um papel muito importante de promoção destes conceitos dentro das suas organizações. E é importante para que isso se realize efetivamente a estruturação de uma organização que seja acessível e entenda da importância da inovação.

Como incentivar esses processos em micro e pequenas empresas tradicionais que acreditam que inovar é caro?

Vamos pegar como exemplo a indústria de calçados. Existe um polo calçadista, e existe um trabalho feito pelo Senai para transformar estes desafios em alguma coisa coordenada. Inclusive internacionalmente. A Itália é conhecida por organizar núcleos de pequenas e médias empresas e dar uma estruturação de design, conhecimentos de leis, etc. Esse apoio é extremamente importante. Até porque as micro, pequenas e médias empresas exercem função social de geração de empregos. É importante que haja um organismo que possa coordenar estes esforços para arranjos produtivos

Fonte: Diário Catarinense

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