A divulgação do Censo Demográfico 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe informações sobre a população brasileira e seu poder aquisitivo.
A informação pode ajudar muitos empresários a traçarem estratégias para os seus negócios. Confira os principais resultados.
Tamanho populacional
A população brasileira em 2022 era de 203.062.512 pessoas, representando um crescimento de 6,5% em relação a 2010. Esse número é inferior tanto à projeção populacional de 2021 (213,3 milhões) quanto à prévia do Censo 2022 divulgada em dezembro (207,8 milhões), ambas fornecidas pelo próprio IBGE.
Taxa média anual de crescimento populacional
O crescimento médio anual da população entre 2010 e 2022 foi de 0,52%, a menor taxa registrada em 150 anos, desde o primeiro Censo realizado em 1872, durante o período do Brasil Império. Essa taxa é também menos da metade da observada na década anterior, de 2000 a 2010, quando a população cresceu, em média, 1,17% ao ano.
Região de maior crescimento
O Centro-Oeste é a região brasileira que apresentou o maior crescimento médio anual da população entre 2010 e 2022, com uma taxa de 1,23%, mais que o dobro da média nacional de 0,52%. Além disso, o Norte (0,75%) e o Sul (0,74%) também registraram taxas de crescimento acima da média nacional. Por outro lado, o Nordeste (0,24%) e o Sudeste (0,45%) apresentaram um crescimento inferior.
Região mais populosa
A região Sudeste é a mais populosa do país, abrigando 84,8 milhões de habitantes, o que representa 41,8% da população total.
Em contrapartida, apesar de ter o maior ritmo de crescimento, a região Centro-Oeste é a menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, correspondendo a apenas 8% do total.
Número de domicílios
O número de domicílios particulares, onde as pessoas residem, aumentou de 67,5 milhões em 2010 para 90,7 milhões em 2022, um aumento de 34%.
Média de pessoas por domicílio
O Brasil agora apresenta uma média de menos de três pessoas por domicílio. O número, que era de 3,31 em 2010, caiu para 2,79 em 2022.
Concentrações urbanas
A maioria da população brasileira, ou seja, 124,1 milhões de pessoas (61,1% do total), reside em grandes concentrações urbanas, onde há mais de 100 mil habitantes. Por outro lado, embora representem 44,8% dos municípios, aqueles com até dez mil habitantes abrigam apenas 6,3% da população, ou seja, 12,8 milhões de habitantes.
Municípios com maior e menor crescimento populacional
Canaã dos Carajás, no Pará, registrou o maior ritmo de crescimento populacional entre 2010 e 2022. A população quase triplicou, passando de 26.716 para 77.079 habitantes. Esse aumento está associado à presença da mina de ferro de S11D, que é o maior investimento da Vale nos últimos anos.
Por outro lado, Catarina, no sertão do Ceará, teve a maior redução populacional entre os Censos de 2010 e 2022. A população caiu quase pela metade, de 18.705 para 10.243 habitantes.
Maiores e menores cidades do Brasil
São Paulo continua sendo a cidade mais populosa do Brasil entre as 5.570 cidades, com uma população de 11,45 milhões de habitantes em 2022, um aumento de quase 200 mil em relação a 2010. O Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar, com 6,21 milhões de habitantes, uma redução de 109 mil em relação a 2010.
Em contraste, Serra da Saudade, em Minas Gerais, é a cidade com a menor população, com menos de 1 mil habitantes. Em 2022, a cidade contava com apenas 833 moradores, um aumento de 18 em relação a 2010. Localizada a 230 quilômetros de Belo Horizonte, Serra da Saudade tornou-se um município independente de Dores do Indaiá nos anos 60.
Redução populacional nas grandes cidades
Entre as dez maiores cidades brasileiras, cinco apresentaram redução populacional entre 2010 e 2022: Salvador (-9,6%), Recife (-3,2%), Belo Horizonte (-2,5%), Rio de Janeiro (-1,7%) e Fortaleza (-1,0%).
Os dados do Censo revelaram uma tendência clara de redução populacional nas cidades mais populosas, incluindo aquelas que são centros de grandes concentrações urbanas, ou um ritmo de crescimento mais lento.
Apesar de ainda apresentar crescimento (1,8%), São Paulo, a cidade mais populosa do país, registrou um ritmo de crescimento menor do que os municípios vizinhos.
