Segundo pesquisa recente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi revelado um crescimento recorde no número de transações nos últimos anos no Brasil.
Dados mostram que, oito em cada dez transações são digitais, impulsionadas por tecnologias como o Pix, Open Finance e WhatsApp.
Em busca pela inovação, os esforços por parte do Banco Central (BC) e das instituições financeiras podem gerar, em breve, uma integração do Pix, Open Finance e o Real Digital.
Diante desse possível futuro digital das transações financeiras no país, veja os cinco temas para ficar de olho, de acordo com especialistas.
Open Finance
“O Open Finance é a grande força motriz da transformação digital financeira no país. Dá ao cliente a possibilidade de compartilhar seus dados com outros bancos e instituições financeiras, reunindo um portfólio de possibilidades de compartilhamento completo, o que inclui câmbio, investimentos, seguros e previdência”, disse o CEO da Lina Open X, Alan Mareines.
É perceptível que uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos olhos da população.
“No Open Finance, os clientes têm maior controle do compartilhamento de informações pessoais com operadoras de serviços financeiros não vinculadas a sistemas bancários”, diz.
Mareines ainda ressalta que a proposta é que essa troca de dados permita a criação de produtos ainda mais personalizados para cada necessidade.
“O consumidor pode ainda levar seu histórico financeiro não só para bancos, mas também para uma corretora de seguros, um fundo de previdência e uma série de outras instituições”, acrescentou.
Pix
Sabe-se que o Pix já faz parte da vida do brasileiro, porém ainda pode evoluir para ganhar novas funções e facilidades.
Quase metade (48%) dos usuários do Pix são classificados como “heavy users” conforme pesquisa da Febraban. Isso significa que eles fazem mais de 30 transações com Pix por mês.
Com planos para um Pix por aproximação, bem como outras funcionalidades por vir, o meio de pagamento ainda pode se integrar às outras inovações do BC.
“O Banco Central anunciou recentemente que planeja integrar Pix, Open Finance e Real Digital para desenvolver uma economia digital no país com mais eficiência e segurança nas transações”, disse Mareines.
O WhatsApp tornou-se o aplicativo de troca de mensagens mais utilizado pelos brasileiros, mas também se destaca nas transações financeiras.
Segundo pesquisa da Febraban, revelou que o aplicativo é uma das principais ferramentas para a digitalização financeira no Brasil.]
Em só um ano, o número de transações pelo WhatsApp registrou um crescimento expressivo de 531%, e chegou a 56,2 milhões no ano passado.
“O Brasil é o segundo maior país em número de usuários do WhatsApp, ficando atrás apenas da Índia e cerca de 80% dos usuários utilizam o aplicativo para entrar em contato com empresas, seja para tirar dúvidas, pedir informações, suporte técnico ou para comprar produtos e contratar serviços. Já faz parte do dia a dia do brasileiro e certamente essa presença se expandirá”, disse o CEO da IDK, Eduardo Augusto.
Inteligência artificial
Em 2023, a inteligência artificial (IA) virou destaque com programas como o ChatGPT.
Apesar disso, a tecnologia pode ser útil para bancos e instituições financeiras, as quais exploram aplicações de biometria facial e chatbots, por exemplo.
“A IA tem sido explorada por grandes empresas mundiais há muito tempo e justamente por isso, hoje, podemos ter acesso a serviços que utilizam a tecnologia e viabilizam a democratização da digitalização financeira”.
Augusto ainda afirma que “esta é uma tecnologia que pode impulsionar o crescimento e o desenvolvimento em todos os setores, e não é diferente no setor financeiro”.
Infraestrutura
Só neste ano, segundo estudo da Febraban, os bancos estimam investir R$ 1,6 bilhão em infraestrutura e soluções tecnológicas que melhorem a experiência de trabalho dos colaboradores.
A maioria dos bancos (69%), de acordo com o levantamento, pretende aumentar o quadro de profissionais de tecnologia, especialmente com desenvolvedores, especialistas em segurança da informação e cientistas e engenheiros de dados.
“A transformação digital já é uma realidade, avança ano a ano, e vem para elevar o nível do mercado no país, além de democratizar o acesso aos serviços bancários. O Brasil já é referência mundial em Open Finance, conta com uma tecnologia avançada como o Pix, que também é referência no mundo, e tanto o cliente quanto o mercado só têm a ganhar”, diz Mareines.
O CEO da Lina Open X finaliza expondo que “as instituições precisam cada vez mais explorar de forma inteligente as oportunidades que surgem com os avanços tecnológicos, e o horizonte se mostra positivo”.
Com informações do Exame - Future of Money
