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Bolso versus planeta: veja como o consumo responsável é positivo para o orçamento

Dia Mundial do Meio Ambiente, o que nos remete ao consumo sustentável.

05/06/2012 10:07

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Bolso versus planeta: veja como o consumo responsável é positivo para o orçamento

Atitudes simples, como reduzir o consumo de água e luz dentro de casa, por exemplo, podem fazer uma grande diferença nas contas do final do mês. Entre as atitudes possíveis de serem tomadas nesse sentido, o consultor financeiro, Reinaldo Domingos, sugere que as famílias pensem em formas de aproveitar melhor a luz natural.

A energia elétrica
“Pode-se pensar melhor no projeto arquitetônico da casa. Colocar uma janela de forma que a luz solar seja melhor aproveitada”, sugere. No caso dos prédios, ter alguns cuidados como evitar cortinas muito pesadas e escuras também ajuda. A energia elétrica é um importante custo das famílias. Pensar, por exemplo, em desligar o monitor dos computadores quando não estiver usando e não deixar a televisão no modo ‘stand by’, também é interessante.

Segundo Domingos, por mês, cada equipamento que fica no modo ‘stand by’ gera um custo de R$ 6,00 adicional na conta de energia elétrica. Outra dica é pensar em ter um filtro de água, para evitar abrir a porta da geladeira com tanto frequência. Esse 'abre e fecha' de porta faz com que a geladeira use mais energia para voltar à temperatura adequada, o que ajuda a aumentar a conta das famílias.

Ainda pensando em energia, optar por lâmpadas fluorescentes ou de LED também ajuda a economizar, já que elas gastam menos que uma incandescente. A LED é o tipo de iluminação mais econômica, no entanto, é pouco usada por ter um custo relativamente alto. Embora essas opções sejam mais caras, elas trazem grande economia no longo prazo. “As lâmpadas mais caras têm maior durabilidade e traz economia de 20% a 30% no mês”, lembra Reinaldo.

Mas não é só na energia que os consumidores podem ser mais conscientes. A forma como faz o descarte do lixo, a decisão de ir trabalhar de carro, os hábitos de consumo no supermercado, tudo pode ser feito com ou sem responsabilidade ambiental.

Veículos - pensar em formas alternativas para ir trabalhar pode contribuir muito com o ambiente e com o orçamento pessoal. O transporte público e as bicicletas são alternativas para o carro e todos os gastos relacionados com ele, como gasolina e estacionamento. “As pessoas precisam pensar em novas formas de se deslocar, evitando o comodismo. Transporte público, bicicleta, carona”, diz Domingos.

O lixo doméstico - quando o assunto é o descarte de lixo, a história é longa. O impacto ambiental que o lixo acarreta é um problema que cada vez mais atormenta as cidades e aumenta os custos das prefeituras, que precisam desembolsar muito dinheiro para lidar com os lixões. Sem contar nas enchentes que o lixo provoca ao entupir os bueiros. O dinheiro da prefeitura, entretanto, sai, na realidade, dos impostos e taxas dos moradores.

De acordo com o coordenador de conteúdo do Instituto Akatu, Estanislau Maria, um estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente revelou que o lixo que não reciclamos – mas que são recicláveis – poderia gerar uma riqueza de R$ 8 bilhões por ano.

E ter uma atitude consciente nessa área não é tão complicado quanto se pensa. Maria explica que as famílias só precisam ter dois recipientes em casa, um para o lixo orgânico e outro para os recicláveis em geral. Após acumular um determinado volume, é só procurar uma empresa que trabalha com itens reciclados.

Há, inclusive a possibilidade de vender o lixo. Embora o volume produzido por apenas uma família não seja suficiente para dar um grande retorno financeiro, nos prédios, com diversas unidades, o lixo acumulado de todos os moradores, podem, sim, trazer algum lucro.

Usando até o limite - ainda pensando no descarte dos materiais, outra atitude ambientalmente responsável e positiva para o orçamento, é consumir todos os produtos até o limite da capacidade, aconselha Maria. Se o consumidor usa seus aparelhos eletrônicos, por exemplo, até o término da sua vida útil antes de trocá-lo por um modelo mais moderno, ele evita o descarte e deixa de gastar dinheiro.

Usar a capacidade máxima dos aparelhos também é outra sugestão. As máquinas de lavar louça e roupas, por exemplo, devem ser ligadas apenas quanto estiverem cheias.

Alimentos, água e desperdício - já sabemos que usar a água de forma consciente quando estamos no banho, escovando os dentes e ao lavar a calçada da casa, por exemplo, traz menos impacto ao meio ambiente e ao bolso. Entretanto, evitar o desperdício de alimentos também é uma forma de preservar a água do mundo.

Isso porque esse item esta presente em todo o processo produtivo dos alimentos. De acordo com Maria, para cada quilo de carne que chega a sua mesa, foram usados 15 mil litros de água - o que, como forma de comparação, corresponde a um caminhão pipa e meio. Além disso, é bom saber que de toda a água retirada dos rios e fontes em geral, 69% são gastos na agricultura e outros 12% na pecuária. O consumo urbano corresponde a apenas 12%.

Isso quer dizer que a maior parte da água do planeta é usada na produção dos alimentos, ou seja, desperdiçar os alimentos é desperdiçar água. No caso dos alimentos, o desperdício ocorre principalmente porque os consumidores não planejam as compras. A dica é ir supermercado toda semana, evitando fazer a compra do mês. Isso porque, ir ao supermercado apenas uma vez ao mês, é mais fácil perder a noção e acabar exagerando. Logo, você acaba comprando demais ou itens que já tinha em sua casa.

Um estudo elaborado pelo Akatu revelou que as famílias desperdiçam cerca de 1/3 de todo o alimento que compram. Ou seja, simplesmente jogam fora por ter estragado antes do consumo. Isso quer dizer, basicamente, que de cada dúzia de laranja que você compra, 4 delas são jogadas fora por ter estragado. E aqui, novamente, alimento desperdiçado, em última análise, é seu dinheiro e horas trabalhadas jogados fora.

Fonte: InfoMoney

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