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OPEN FINANCE

Open finance agiliza transformações nos modelos de negócios e sistema financeiro

Pix poderá liderar as transações financeiras no novo ecossistema criado pelo Banco Central.

21/08/2023 17:30

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Negócios: open finance agiliza transformações

Open finance agiliza transformações nos modelos de negócios e sistema financeiro

O open finance vem consolidando mudanças significativas no modelo do sistema financeiro, bem como no modo que as pessoas pagam suas contas e administram o dinheiro.

O open finance é um ecossistema criado pelo Banco Central no início de 2021, permitindo ao cliente autorizar o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições financeiras cadastradas.

O ecossistema chegou em julho com cerca de 24 milhões de clientes únicos, 37 milhões de consentimentos de compartilhamento de dados ativos e mais de 800 instituições participantes.

Os números, conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), são considerados positivos, na avaliação do BC, embora mais tímidos em relação às 469 milhões de contas totais ativas no ano passado.

Com um mercado atual que só em cartões movimentou R$ 1,7 trilhão e, em transações Pix, mais de R$ 7 trilhões no primeiro semestre, as grandes instituições bancárias, por exemplo, enfrentam a chegada de centenas de fintechs, bigtechs, marketplaces e lojas de varejo.

Esses bancos acabaram oferecendo os mesmos produtos e serviços que antes pertenciam apenas a eles e seus pares. 

Com relação às bandeiras de cartões de crédito, a estratégia de aquisições se intensifica.

“Investimos US$ 5 bilhões em 15 aquisições nos últimos anos. Olhamos empresas que têm capacidade de oferecer serviços globais porque operamos em mais de 200 países”, diz o presidente da Mastercard Brasil, Marcelo Tangioni. 

Tangioni explica que a pandemia da Covid-19 acabou acelerando em três anos o processo de digitalização da empresa, contando com as transações online e pagamento por aproximação.

De acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), no primeiro semestre do ano, as compras remotas com cartões aumentaram 10% em relação ao primeiro semestre do ano passado, movimentando R$ 372 bilhões. 

Vale ainda destacar que, no mesmo período, os pagamentos por aproximação somaram R$ 414,8 bilhões, alta de 76,1%. 

“Hoje representam mais de 40% das transações na indústria e na Mastercard chega próximo a 50%. Há dois anos, eram cerca de 20%. Teve evolução muito forte”, diz.

Fraudes financeiras

Com esse crescimento nas compras online, as tentativas de fraudes financeiras também multiplicaram. Segundo dados do BC mostram, entre 2019 e 2021 os prejuízos ao sistema financeiro com fraudes e golpes somaram R$ 7,69 bilhões, recuperando apenas 19,5% do valor.

“A fraude no mundo digital evoluiu para um negócio organizado e bem financiado, com compartilhamento de dados e acesso a ferramentas sofisticadas”, afirma o CEO da CAF, Jason Howard.

Com isso, as empresas que atuam no desenvolvimento de sistemas antifraudes, além de analisar dados para detectar tentativas de golpes também veem a demanda aumentar. 

No Brasil, dados mostram que, por receio, 68% dos compradores acreditam que o risco de fraude está tornando as compras online menos atraentes. Esses mesmos números mostraram que os outros 38% afirmaram que são conservadores na hora de adotar novas formas de pagamento por medo de golpes.

“Combater fraudes e garantir uma experiência segura para o cliente é parte da estratégia de negócio. O desafio é ter uma ferramenta flexível que analise uma quantidade enorme e diversa de dados, mas também valide o que o cliente (varejo) considera fraude, algo personalizado que leve em conta as características do seu ramo de atuação”, comenta o vice-presidente de vendas da Adyen, Renato Migliacci.

Com informações do Valor Econômico

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