A pandemia de Covid-19 serviu como um catalisador para a digitalização de quase todos os aspectos da vida cotidiana, desde compras online até pagamentos digitais. No entanto, essa transição acelerada também criou um terreno fértil para atividades fraudulentas. Um estudo recente da Javelin Strategy & Research e da empresa de análise SAS oferece uma visão abrangente do cenário atual de fraudes digitais, com foco particular no Brasil.
O panorama brasileiro
O Brasil está à beira de uma revolução digital, com uma média de 3,5 horas gastas diariamente por cidadãos em plataformas de mídia social como Facebook, Instagram e YouTube.
Este dado coloca o Brasil logo atrás dos Estados Unidos em termos de engajamento em mídias sociais. No entanto, essa popularidade tem um lado que gera alerta: a disseminação de desinformação e a vulnerabilidade a golpes online, que vão desde esquemas de investimento falso até fraudes relacionadas à pandemia.
O relatório também lança luz sobre as tendências de fraude em diferentes regiões do mundo. Na América do Sul, o sistema de pagamentos instantâneos PIX está ganhando tração, mas também está atraindo a atenção de cibercriminosos.
Na África, a modernização dos sistemas de pagamento está ajudando a combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Na Ásia-Pacífico, os ataques de phishing e vishing estão se tornando cada vez mais sofisticados, afetando principalmente usuários de dispositivos móveis.
Necessidade de aumentar a segurança
O vice-presidente sênior de inteligência de fraude e segurança do SAS, Stu Bradley, destaca a importância da segurança cibernética. "A confiança do consumidor é a espinha dorsal do ecossistema global de pagamentos digitais. Para manter essa confiança, as empresas devem investir em tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial, aprendizado de máquina e biometria, para detectar e prevenir fraudes em todos os canais", afirmou Bradley.
Um artigo da BBC News Brasil também destaca que grupos criminosos estão explorando o medo e a desinformação para cometer fraudes, incluindo a venda de vacinas falsas e testes de Covid-19. Além disso, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos revelou que os consumidores americanos perderam cerca de US$ 8,8 bilhões em golpes em 2022, um aumento de mais de 30% em relação ao ano anterior.
Assim, da mesma forma em que há o crescimento contínuo dos e-commerces, redes sociais e sites, existe também um aumento significativo nos golpes e novas formas de fraudes, às quais os cidadãos devem ficar atentos.
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