A pesquisa considerou quatro classificações para as empresas: o que querem agora X o que querem mais (o que acreditam ser importante no momento versus o que querem ser importante sempre) e competição X cooperação (oferecer produtos e prestar serviços com preços mais baixos para disputar com concorrentes versos construir relações douradoras com seus clientes).
O IMI entrevistou empresários dos setores automobilístico, químico, siderúrgico, alumínio, aviação, comercial, automação industrial, energia limpa, transformação de plástico, metalurgia, vidros especiais, tecnologia digital, papel e celulose, cerâmica, logística, setor textil, saúde, comunicaçã corporativa, educação, e suprimentos de um modo geral.
Fatores O presidente do Instituto de Marketing Industrial e da Escola de Marketing Industrial, José Carlos Teixeira Moreira, explica que o vetor da competição versus o de cooperação é onde a competição acirrada entre empresas predomina e torna fragmentada a relação entre elas. “Ao fazer assim, essas relações ficam permeadas de estranhamento expulsando a confiança, que é a base da Economia. Isso é profundamente diverso dos valores ou aspectos capazes de tomar o ambiente de negócios mais cooperativo e, portanto, mais rentável e resistente à concorrência predadora”.
Outro fator influente na decisão de imediatismo, segundo o professor de filosofia da PUC-SP, Mario Cortella, é a nova geração no mercado. “O povo brasileiro é muito jovem, foca demais no já e agora. A atual geração de jovens inclusive foi formada sob essa moldura, o que tem prejudicado o sentido de cooperação e até a percepção de hierarquia”, ressaltou.
Embora predominante o vetor competição, 28% das empresas optam pela cooperação em sua estratégia e visam o olhar a longo prazo.
Fonte: Infomoney