Antecipando-se às eleições nos Estados Unidos em 2024, a OpenAI, pioneira em inteligência artificial (IA), implementou medidas rigorosas para conter possíveis abusos de suas poderosas ferramentas em contextos políticos. De particular preocupação está o temor crescente de que sistemas de IA possam disseminar desinformação em massa, influenciando eleitores em batalhas eleitorais significativas.
As aplicações ChatGPT e Dall-E da OpenAI destacam-se como líderes em tecnologia de chatbot e geração de imagens impulsionadas por IA. O crescimento exponencial dessas ferramentas gerou apreensões sobre sua potencial exploração para manipular eleitores por meio de notícias fabricadas, imagens e vídeos gerados por computador.
Em uma esclarecedora abordagem de suas políticas na segunda-feira (15), a OpenAI afirmou explicitamente que indivíduos estão proibidos de utilizar suas ferramentas em campanhas políticas e esforços de lobby. A diretriz se estende à criação de chatbots que se passam por candidatos, pessoas reais ou mesmo representam ficticiamente governos locais.
Em uma iniciativa proativa para capacitar os eleitores, a OpenAI anunciou planos de codificar detalhes sobre a origem das imagens geradas pelo Dall-E no primeiro trimestre deste ano. Além disso, a empresa está aprimorando ativamente a transparência, fornecendo mais links e atribuições a relatórios de notícias, auxiliando os eleitores na avaliação da confiabilidade do texto gerado por IA.
Apesar dessas medidas, o ceticismo paira, especialmente nos círculos políticos, questionando a capacidade das empresas de tecnologia em controlar efetivamente seus sistemas de IA e prevenir possíveis manipulações.
