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6 Imposto sobe 7 vezes mais que salário

14/11/2008 00:00

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6 Imposto sobe 7 vezes mais que salário

Os impostos líquidos sobre produção e importação subiram 7,7% entre os anos de 2000 e 2006, enquanto que a renda do trabalhador teve uma expansão de apenas 1% no mesmo período, revelam dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os números fazem parte do estudo Distribuição Funcional de Renda no Brasil: Situação Recente, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e no Sistema Nacional de Contas, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento aponta ainda que, no período avaliado, o governo gastou no pagamento de juros da dívida pública mais de oito vezes o que destinou ao setor da educação. Ao total, os juros consumiram 1,268 trilhão de reais dos cofres públicos, ao tempo que somente 149,9 bilhões de reais foram reservados à educação, de acordo com o Ipea. No setor da saúde, o montante também foi bem menor do que o usado para o pagamento de juros: 310,9 bilhões de reais, ou quatro vezes menos.

Segundo o IPEA, os gastos da União com saúde, educação e investimento entre 2000 e 2007, somados, equivalem a 43,8% das despesas com juros no período. E na avaliação do próprio órgão, o gasto com juros é "considerado improdutivo, pois não gera emprego e tampouco contribui para ampliar o rendimento dos trabalhadores, termina fundamentalmente favorecendo a maior apropriação da renda nacional pelos detentores de renda da propriedade".

Quanto aos rendimentos dos brasileiros, o estudo do IPEA concluiu que os trabalhadores mistos (que têm meios próprios de geração de renda) foram os mais prejudicados entre os anos de 2000 e 2006. De acordo com a pesquisa, eles viram sua remuneração diminuir em 21,1% no período. Já a renda dos proprietários (obtida na forma de lucros, juros, aluguéis e renda da terra), cresceu 2,4%, mais do que o dobro dos salários dos trabalhadores (1%). No total, a renda nacional evoluiu 19,3% no período, segundo o instituto.

Fonte: Sinescontábil/MG

Enviado por: Wilson Fortunato

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