O Distrito Federal enfrenta um significativo aumento na sua população idosa, segundo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2010 e 2022, a quantidade de idosos na capital do país saltou de 198.012 para 365.090, representando um aumento de 84,3%. Muitos desses idosos estão dispostos a permanecer ativos e no mercado de trabalho, embora enfrentem desafios significativos.
Crescimento populacional e impacto social
A professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em envelhecimento humano, Isabelle Chariglione, destaca que o fenômeno do envelhecimento populacional não é exclusivo do Brasil, sendo um padrão global. Estudos sugerem que, a partir de 2030, o país terá mais idosos do que crianças.. Isso implica em uma perspectiva de crescimento dessa população no mercado de trabalho, influenciada pela saúde e capacidade cognitiva ainda presentes em muitos indivíduos após os 60 anos.
Desafios e barreiras
Apesar do desejo de permanecerem ativos, os idosos enfrentam desafios significativos. Dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) indicam que apenas 5,3% dos acima de 60 anos estavam na População Economicamente Ativa (PEA) entre 2021 e 2022, em contraste com os 65,2% da faixa etária de 30 a 59 anos. A adaptação a um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico é um dos principais obstáculos enfrentados pelos idosos, impactando negativamente sua capacidade de permanecerem ativos profissionalmente.
Apesar das dificuldades, muitos idosos encontram benefícios significativos em continuar trabalhando. Além da autonomia financeira, o trabalho proporciona saúde mental, engajamento social e contribui para manter os idosos mental e fisicamente ativos.
Com informações do Estado de Minas