x

aposentadoria

Governo reafirma vínculo das aposentadorias ao salário mínimo, afirma ministra do Planejamento

Simone Tebet destaca em audiência que a desvinculação das aposentadorias ao salário mínimo não está nos planos, focando na modernização de outros benefícios previdenciários e trabalhistas.

13/06/2024 12:00

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Governo descarta desvinculação das aposentadorias do salário mínimo

Governo reafirma vínculo das aposentadorias ao salário mínimo, afirma ministra do Planejamento

Em uma audiência pública realizada na Comissão Mista de Orçamento nesta quarta-feira (12), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, garantiu que a desvinculação do piso das aposentadorias ao salário mínimo não está nos planos do governo.

 Segundo Tebet, o foco está na modernização de outros benefícios previdenciários e trabalhistas, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

"Essa ideia não passa pela cabeça do presidente Lula nem da equipe econômica. Estamos analisando a possibilidade de modernizar benefícios que não estão ligados diretamente às aposentadorias", afirmou a ministra.

Início das revisões de gastos

Tebet destacou que o governo está entrando na fase mais desafiadora do ajuste fiscal, que envolve a revisão de gastos públicos. Ela admitiu que as opções para aumentar a arrecadação estão se esgotando, o que intensifica a necessidade de otimizar os gastos. 

"Como mencionou o ministro Haddad, não temos um plano B para a desoneração. As novas fontes de receita estão se esgotando, então precisamos acelerar a revisão de despesas", explicou.

Planos de modernização e revisão

A ministra se referiu a uma recente declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a devolução parcial de uma medida provisória que limitava as compensações do PIS e da Cofins. Ela enfatizou a necessidade de "realinhar e requalificar" os gastos públicos, destacando que a revisão de despesas é um processo complexo que requer deliberação do Congresso Nacional.

Segundo Tebet, as principais frentes de diminuição de gastos incluem:

  1. Fiscalização e eliminação de fraudes em programas sociais, como o Bolsa Família;
  2. Redução de incentivos fiscais;
  3. Modernização de despesas obrigatórias em áreas como saúde, educação e benefícios previdenciários.

Embora o ministro Haddad tenha sugerido mudanças nos pisos constitucionais da saúde e educação, Tebet assegurou que a limitação do crescimento desses limites a 2,5% acima da inflação não está sendo discutida. "Ninguém está dizendo que vamos limitar a 2,5%", declarou.

A ministra explicou que qualquer alteração na regra visa evitar o colapso do novo arcabouço fiscal, uma vez que os pisos para saúde e educação poderiam crescer mais rapidamente do que os gastos discricionários dos ministérios nos próximos anos. Projeções do Tesouro Nacional indicam que o espaço para despesas livres do governo pode ser reduzido até desaparecer em 2030, se as regras atuais não forem ajustadas.

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.