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GOVERNANÇA FINANCEIRA

Com investidores mais seletivos, startups devem investir em governança financeira para se destacar no mercado

De acordo com especialistas, empresa de backoffice para startups e empresas digitais, mapear os indicadores financeiros corretos é o primeiro passo a ser tomado antes de buscar um aporte

19/06/2024 19:30

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Com investidores mais seletivos, startups devem investir em governança financeira para se destacar no mercado

Com investidores mais seletivos, startups devem investir em governança financeira para se destacar no mercado Foto: Polina Zimmerman/Pexels

Após anos desafiadores para a captação de recursos, o cenário de investimentos em startups no Brasil sinaliza um movimento de retomada. De acordo com dados divulgados pelas plataformas Distrito e Sling Hub, só em maio as empresas de inovação e tecnologia receberam US$548 milhões em aportes, quantia 259% maior do que a registrada no mesmo mês do ano passado.

Agora, especialistas apontam uma nova preocupação que deve estar no radar dos empreendedores: mostrar aos fundos que a startup possui maturidade financeira e contábil para conquistar uma captação.

“Por causa do ‘inverno das startups’, muitas empresas precisaram operar de forma mais enxuta. Para isso, foi preciso olhar com atenção para a área de finanças e desenvolver um maior controle contábil. Com a expectativa de uma retomada nos investimentos, as startups deverão mostrar que fizeram a lição de casa e estão bem organizadas para atrair investidores. Isso porque eles estão mais seletivos e exigentes ao realizar um aporte. A empresa precisa mostrar logo de início que consegue atingir os resultados esperados, e os dados financeiros devem estar registrados corretamente”, pontua Fernando Trota, CEO da Triven.

De acordo com a CFO da Triven Renata Calil, é comum que as empresas só passem a dar atenção à área contábil quando decidem buscar um aporte.

“No começo das atividades, os executivos estão dedicados ao desenvolvimento do produto, em fazer testes, estruturar o time de marketing e vendas. Nesse contexto, os setores contábil e financeiro podem acabar ficando em segundo plano. Porém, quando a empresa decide captar, surgem os desafios causados pela falta de governança", explica a especialista. 

Segundo Renata, uma boa organização é indispensável para acelerar o processo de captação.

"O balanço financeiro será a primeira coisa que o investidor vai querer ter acesso ao negociar com uma empresa. Com esses dados financeiros registrados corretamente, essa fase se torna mais tranquila. Ao entrar em uma due diligence com a documentação completa e atualizada, o processo não será tão lento e cansativo", pontua.

Acompanhar os indicadores certos ajuda empreendedores a negociar com investidores

Os indicadores financeiros são essenciais para mostrar a evolução da startup e detalhar seu desempenho em áreas importantes. Porém, para alguns empreendedores, a definição de quais KPIs - Key Performance Indicators - apresentar aos investidores é um desafio. Para Karen Oliveira, Controller na Triven, é preciso saber interpretar os indicadores para definir quais serão apresentados em uma rodada de captação.

"Indicadores como taxa de retenção de clientes, receita mensal recorrente e custo de aquisição do cliente são alguns exemplos de métricas importantes. O executivo precisa mostrar que é capaz de cultivar relacionamentos duradouros com os clientes, que o modelo de negócios é escalável e que a estratégia adotada para obter usuários gera retorno para a empresa. Os investidores também vão querer saber quanto tempo o negócio pode operar sem a necessidade de financiamento adicional e se a startup tem uma posição competitiva no mercado", complementa.

Ela destaca que a qualidade das informações é mais importante do que a quantidade. "Uma seleção criteriosa pode gerar insights e direcionar a atenção para os aspectos mais relevantes do desempenho financeiro da empresa. Por isso, também é preciso saber interpretar as dinâmicas do mercado", finaliza.

Fonte: Triven

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