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EMPREGO

Bares e restaurantes criam mais de 100 mil vagas de empregos formais em doze meses, aponta Caged

Dados da PNAD divulgados pelo IBGE também indicaram que houve melhora na média salarial dos trabalhadores do setor.

01/07/2024 19:00

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Bares e restaurantes criam mais de 100 mil vagas de empregos formais em 12 meses

Bares e restaurantes criam mais de 100 mil vagas de empregos formais em doze meses, aponta Caged Foto: RDNE Stock project/Pexels

Os dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no último dia 27, mostram que o setor de bares e restaurantes tem sido um dos principais motores na criação de empregos no Brasil. Nos últimos 12 meses, o setor gerou mais de 100 mil novos postos de trabalho formais, representando um aumento de 5,13%. Esse crescimento ressalta a importância do segmento como uma porta de entrada fundamental para o mercado de trabalho. 

Complementando essa tendência positiva, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE no dia 28, revelou que o salário médio no setor chegou a R$ 2.122,00, quase 30% acima do salário-mínimo vigente. Esse aumento é um indicativo da valorização dos profissionais que atuam nos bares e restaurantes. 

O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, destacou a importância dos números. "O setor se mantém robusto, adaptando-se às novas realidades e demonstrando um potencial contínuo de crescimento, tanto em termos de emprego quanto de valorização salarial. Esse cenário positivo reforça a importância de políticas de apoio e incentivo para sustentar e expandir ainda mais a contribuição do setor para a economia nacional”, afirma. 

Apesar das notícias serem positivas para a maioria dos estados, a situação permanece alarmante no Rio Grande do Sul, onde as enchentes têm prejudicado gravemente os estabelecimentos. Os resultados do Caged indicaram que, somente durante o mês de maio, o estado registrou queda de 4.226 vagas de empregos no setor de serviços, sendo dois terços (2.791) no setor de alimentação.

Solmucci reforçou que a portaria anunciada pelo Governo Federal — que prevê o pagamento de dois salários-mínimos para funcionários de empresas afetadas pelas enchentes — é insuficiente, uma vez que, para cobrir o salário integral, o empresário terá que tirar do próprio bolso, em uma situação onde o faturamento está baixo e há os custos das perdas de insumos, além de outros desafios. 

Para que o número de demissões não seja ainda maior, ele reitera a necessidade de uma ação efetiva, como a reedição do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

"Estamos vendo um cenário preocupante no Rio Grande do Sul, onde mais de 4 mil vagas foram perdidas devido às enchentes e à subsequente queda no faturamento dos bares e restaurantes. A portaria atual é insuficiente para manter os empregos, pois não cobre todos os custos dos empresários. Precisamos urgentemente da reedição do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) para evitar mais demissões e garantir a sobrevivência dos negócios", afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

Fonte: Dados da PNAD divulgados pelo IBGE também indicaram que houve melhora na média salarial dos trabalhadores do setor

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