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Governo publica portaria para recadastrar beneficiários do BPC

Medida visa controlar despesas com o auxílio e evitar fraudes através do uso de biometria, com prazos específicos para regularização do cadastro.

26/07/2024 15:30

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BPC: recadastro de beneficiários terá novas regras

Governo publica portaria para recadastrar beneficiários do BPC

O governo federal publicou nesta sexta-feira (26) no Diário Oficial da União a Portaria Interministerial nº 27/2024 que estabelece novas diretrizes para o recadastramento dos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). 

A ação tem como objetivo controlar o aumento das despesas com o auxílio, que tem atendido um número crescente de pessoas nos últimos anos.

O texto determina que os beneficiários com cadastro desatualizado há mais de 48 meses (4 anos) precisam renovar sua inscrição no Cadastro Único (CadÚnico). No processo de recadastramento, será utilizado o sistema de biometria para evitar fraudes.

Segundo o documento, os beneficiários com cadastro desatualizado há mais de 48 meses deverão regularizar sua situação nos seguintes prazos, contados a partir da efetiva notificação bancária ou de outros canais de atendimento: 

  • 45 dias para municípios de pequeno porte; 
  • 90 dias para municípios de médio e grande porte ou metrópoles, com população acima de 50.000 habitantes. 

"Na falta da ciência inequívoca da notificação bancária ou por outros canais de atendimento, o crédito do benefício será bloqueado em 30 dias após o envio da notificação", consta trecho da portaria.

O BPC corresponde a um salário mínimo (atualmente em R$ 1.412) por mês, destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência de qualquer idade. 

Para ter acesso ao benefício, a renda por pessoa do grupo familiar deve ser igual ou menor a ¼ do salário mínimo, o equivalente hoje a R$ 353.

Bloqueio de despesas

Na segunda-feira (22), a equipe econômica do governo confirmou o bloqueio de R$ 11,2 bilhões nas despesas discricionárias (não obrigatórias) no Orçamento de 2024, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 18 de julho. 

A medida de contenção foi adotada especialmente para compensar o aumento dos gastos obrigatórios do governo, com destaque para o BPC, que teve um crescimento de R$ 6,4 bilhões, e os benefícios previdenciários, que aumentaram em R$ 4,9 bilhões.

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