x

APOSTA ONLINE

Crescimento das apostas online no Brasil preocupa Banco Central

Presidente da instituição destaca crescimento nas transferências via Pix que teve mais de 200% de aumento desde janeiro.

08/10/2024 18:00

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Crescimento das apostas online no Brasil preocupa Banco Central

Crescimento das apostas online no Brasil preocupa Banco Central Foto: Gülşah Aydoğan/Pexels

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, levantou preocupações sobre o aumento expressivo dos sites de apostas no Brasil, as chamadas “bets”, e os riscos que essa tendência pode trazer para o crédito das famílias e a inadimplência.

De acordo com ele, o valor transferido para essas plataformas por meio do Pix cresceu mais de 200% desde janeiro. Campos Neto observou que uma parte significativa dos apostadores vem de camadas de baixa renda, incluindo beneficiários do programa Bolsa Família. No entanto, o uso do Pix não é o único problema. 

Na última segunda-feira (23), houve uma reunião em São Paulo, que reuniu doze entidades e o vice-presidente Geraldo Alckmin, para discutir a regulamentação das apostas online. Durante o encontro, foi expressada a preocupação sobre os impactos econômicos dessa prática, mas em especial, o uso de cartões de crédito para financiar as jogadas. A reunião reflete a crescente pressão do setor varejista sobre o governo para que sejam implementadas regras mais rigorosas, acompanhando o processo de regulamentação já em andamento. 

Para o especialista em finanças pessoais Paco Fazito, o uso de cartões de crédito para apostas representa um risco ainda maior. “O cartão de crédito pode ser mais grave do que o Pix, porque os juros das dívidas acumuladas são altíssimos. A taxa média de juros do cartão de crédito rotativo pode ultrapassar os 400% ao ano, enquanto o cheque especial, embora um pouco menor, também tem taxas exorbitantes, em torno de 140% a 160% ao ano”, explica Fazito. 

Ele aconselha quem já se endividou a buscar renegociar a dívida o quanto antes e evitar o acúmulo de juros. “Uma boa estratégia é tentar consolidar dívidas em uma linha de crédito com juros mais baixos ou buscar um parcelamento que caiba no orçamento. Além disso, é fundamental cortar gastos desnecessários e criar uma reserva financeira” .

Para aqueles que ainda não estão endividados, Fazito sugere adotar uma postura preventiva: “Evitar o uso de crédito fácil para consumo supérfluo e, especialmente, para apostas. O ideal é usar o cartão de crédito apenas quando houver a certeza de que será possível pagar a fatura integralmente no vencimento”.

Fonte: Banco Central e especialista em finanças pessoais Paco Fazito

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.