Entre as medidas analisadas pelo governo para realizar um corte de gastos nas contas está a proposta que limita o ganho real do salário mínimo à mesma correção do arcabouço fiscal.
A medida, se aprovada, geraria economia de R$ 11 bilhões ao governo a curto prazo e até R$ 22 bilhões a longo prazo, mas o presidente Lula ainda não decidiu sobre o tema, considerado delicado politicamente.
A proposta estabeleceria uma valorização do salário mínimo menor do que a aplicada em 2024, com uma correção mais moderada pelos próximos dois anos.
A alteração da correção do piso salarial interfere diretamente em outros benefícios governamentais e assistenciais. Então se o salário mínimo sobe, vários outros pagamentos indexados pelo piso como abono salarial, BPC e seguro-desemprego também pesam mais.
Segundo estimativas do governo, a cada R$ 1 a mais estabelecido para o salário mínimo (atualmente em R$ 1.412 com previsão de aumento para R$ 1.509 em 2025) tem impacto de R$ 422 milhões. Assim, uma redução na correção do piso também aliviaria as contas públicas.