Nesses últimos dias, o debate acerca do fim da escala 6x1 de trabalho tomou conta das redes sociais e portais de notícias. No Brasil, 21 empresas, durante seis meses, entraram no primeiro teste piloto da nova jornada de trabalho e a fase se concluiu em julho.
A pesquisa foi conduzida pela 4 Day Week Brazil em parceria com várias organizações e pesquisadores, e envolveu 290 funcionários, sendo que 19 empresas completaram a implementação.
Passados três meses de planejamento em 2023, de janeiro a junho de 2024, as empresas participantes do teste piloto implementaram o modelo de 4 dias de trabalho no Brasil, tendo a liberdade de adaptar o formato conforme suas necessidades, desde que mantivessem os salários inalterados, os resultados iguais e proporcionassem uma redução de 20% no tempo de trabalho.
Os resultados das empresas indicaram melhorias significativas em diversas áreas, confira:
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Produtividade e engajamento: a produtividade aumentou para 71,5% dos participantes, e o engajamento cresceu para 60,3%;
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Bem-estar: houve uma redução de 72,8% na exaustão frequente, 49,6% na insônia e 30,5% na ansiedade semanal. A média de horas de sono aumentou de 6,7 para 7,0 por noite;
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Saúde: 7% avaliaram sua saúde física como boa a excelente, e 77,3% fizeram o mesmo para a saúde mental;
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Trabalho e cultura organizacional: 2% perceberam melhorias na cultura da empresa, e 80,7% notaram mais criatividade e inovação;
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Impacto social: 1% relatou melhor colaboração, e 71,3% mais energia para família e amigos.
Com relação aos desafios encontrados durante essa fase piloto, o maior, segundo a empresa Vockan, foi engajar as lideranças
“Quem mais resistiu à adoção foram os C-levels, descrentes de que era possível aumentarmos a produtividade reduzindo a jornada, mas sem alterarmos remuneração e benefícios”, diz.
No caso de uma outra companhia, Alimentare, o processo de transição também teve os seus desafios.
“Foi difícil, em poucos meses, repensar o modo de trabalho de uma vida inteira e começar a fazer diferente. Houve um esforço conjunto para que isso desse certo”, afirma Margarin.
No período de teste, o redesenho de processos, ambiente, tecnologia e comunicação exigiu o engajamento de toda a equipe, mas os resultados demonstram que o esforço valeu a pena, relata a coordenadora de Planejamento Estratégico da empresa, Caroline Soldi Malgarin Medeiros.
Com informações da Exame