Em julho deste ano, foram registrados 200 pedidos de falência frente aos 158 pedidos ocorridos em junho/12, revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. O resultado é o segundo maior do ano, perdendo apenas para os 203 pedidos de falência registrados em maio. Na comparação com julho do ano passado, a alta foi de 19,8% (167 pedidos realizados em julho).
Dos 200 requerimentos de falência verificados em julho de 2012, 110 foram de micro e pequenas empresas, 50 de médias e 40 de grandes empresas. Desde 2009, as falências requeridas têm se distanciado das decretadas e das recuperações judiciais requeridas, caracterizando sua utilização como instrumento de cobrança.
Segundo os economistas da Serasa Experian, parte das empresas continua encontrando dificuldades financeiras devido a um conjunto de fatores: o menor nível da atividade econômica, que dificulta as vendas; os impactos da inadimplência de consumidores, que já começa dar sinais de redução, e de outras empresas no fluxo de caixa; o crédito seletivo, diante do maior risco de inadimplência, o que afeta especialmente as empresas com poucas garantias; e da desvalorização do real, que impacta os negócios com dívidas em moeda estrangeira.
Isso fica mais evidente com a expansão das recuperações judiciais requeridas, sobretudo das médias empresas, que têm maior dificuldade diante do contexto econômico.
As recuperações judiciais requeridas atingiram 68 ocorrências em julho/12, acima, portanto dos 57 requerimentos de junho e dos 59 registros desta natureza verificados em julho do ano passado. Contudo, o resultado ficou abaixo dos 72 requerimentos realizados em julho de 2009, até agora o maio resultado para um mês de julho desde a vigência da nova Lei de Falências em 2005.
Em julho, 34 pedidos de recuperação judicial partiram de micro e pequenas empresas, 29 das médias e apenas 5 foram efetuados por grandes empresas.
Fonte: Portal Administradores
