O resultado da intermediação financeira do banco somou R$ 28,6 bilhões no trimestre, alta de 18,9% em relação a um ano antes. A carteira de crédito, no critério ampliado, avançou 20,3%, para R$ 508,2 bilhões.
O programa de redução de juros e aumento dos empréstimos do banco lançado em abril, batizado de "Bom pra Todos", foi um dos motivos para a alta. O crédito para pessoa física teve crescimento orgânico de 20,7%, excluindo a carteira do Banco Votorantim.
As despesas de provisão para créditos duvidosos avançaram 20,7% no segundo trimestre, somando R$ 3,1 bilhões.
Essa elevação foi pressionada, em parte, pelos números do Banco Votorantim, em que o BB detém participação de 50%. Excluindo o Votorantim, a alta nas provisões seria de 12,6%.
A inadimplência do BB atingiu 2,1% em junho, um aumento de 0,1 ponto percentual frente ao registrado no segundo trimestre do ano passado.
Já considerando apenas as operações do Votorantim, a inadimplência passa de 3,2% no segundo trimestre de 2011 para 7,7% em junho deste ano, considerando a carteira própria do banco.
Segundo o BB, o Votorantim foi pressionado pelo aumento da inadimplência do mercado de financiamento de veículos, em que o banco possui forte presença.
Projeções
O BB ainda rebaixou suas estimativas para o ano de 2012, diante de resultados mais fracos.
O banco estima que a margem financeira bruta - resultado das operações de intermediação financeira - cresça entre 10 e 14% neste ano, frente a uma estimativa entre 11% e 15% anteriormente.
A carteira de crédito deve avançar entre 17% e 21%, igual à previsão anterior, mas a rentabilidade do banco deve ficar entre 17% e 20% em 2012, sendo que a estimativa anterior era de um retorno sobre patrimôni líquido ajustado entre 19% e 22%.
No trimestre, a rentabilidade do BB ficou em 21,2%, frente a 26,6% em junho de 2011.
Fonte: Brasil Econômico