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Juros atingem a menor taxa histórica

Os empréstimos estão mais baratos. Em julho, o consumidor pagou a menor taxa média histórica de juros nas operações de crédito.

15/08/2012 11:15

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Juros atingem a menor taxa histórica

Segundo a Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) , a taxa de juros média às famílias, no mês passado, atingiu 6,12%, contra 6,20% de junho. Foi o menor registro da série histórica da pesquisa da entidade, que começou em 1995. Em continuidade a esse movimento, os empréstimos pessoais e o cheque especial pesaram menos no bolso no começo de agosto, em relação ao início de julho.

A entidade pesquisa os juros de seis modalidades de empréstimo. Cinco ficaram mais baratas e o rotativo do cartão de crédito manteve seu custo médio, apresentado há muitos meses consecutivos, de 10,69% ao mês, o mais alto entre as operações.

Coordenador das pesquisas de juros da Anefac, Miguel de Oliveira avaliou que os próximos meses terão novas reduções nas taxas. Ele acredita que a competição entre as instituições financeiras, a expectativa da redução da inadimplência dos consumidores e da queda da meta Selic sustentarão juros menores no futuro.

Neste mês o processo esperado por Oliveira já teve início. Levantamento do Procon-SP com sete dos maiores bancos que atendem aos consumidores aponta que o custo médio do empréstimo pessoal caiu de 5,42% ao mês, em julho, para 5,39% no começo de agosto. No mesmo período, o cheque especial passou de 8,05% ao mês para 8,03%.

De acordo com o Procon-SP, os pesquisadores consideraram empréstimo pessoal com prazo de 12 meses, com taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais e sem definição do canal de contratação. No caso do cheque especial, os juros são referentes ao período de 30 dias.

Inadimplência das famílias tem retração

As famílias honraram pouco mais as suas dívidas em julho na comparação com junho. Segundo a Serasa Experian, a inadimplência do consumidor no mês passado diminuiu 1,5% em relação ao mês anterior. O fato é inusitado, tendo em vista que é a segunda variação negativa para o período desde o início da pesquisa, em 1999, quando julho apresentou recuo de 3,9%.

Para a equipe econômica da empresa, alguns fatores contribuíram para esse decréscimo, como as taxas de juros menores e os lotes recordes de restituição do Imposto de Renda.

Em julho, é comum que o índice de atrasos acima de 90 dias cresça em relação ao mês anterior, destacou a Serasa. É um mês em que as famílias têm dívidas das compras do Dia das Mães e dos Namorados, sem contar os gastos com férias escolares.

Porém neste ano, o percentual do salário do consumidor que foi utilizado para pagar as dívidas caiu, pontuou a equipe econômica, o que também elevou as chances de menor inadimplência.

A Serasa aponta ainda que o valor médio das dívidas bancárias caiu 1% nos sete primeiros meses deste ano contra o ano anterior.

Endividamento compromete 42% do orçamento

Estudo da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) revela que a dívida média das famílias representa 42% dos seus orçamentos. Com universo de 200 pessoas entrevistadas, a entidade apurou renda média mensal de R$ 2.401 e valores a pagar de R$ 1.009,45. Por ano, os gastos atingem cerca de 189% a mais do valor original da dívida. Esse montante médio é referente, na maioria das vezes, há três dívidas ativas, informou a associação de defesa do consumidor. Porém, o levantamento aponta que 23% dos entrevistados têm cinco ou mais contas a pagar.

Na avaliação da associação, os principais impulsos para o endividamento das famílias é a "facilidade de obtenção de crédito, a falta de planejamento familiar e as altas taxas de juros praticadas pelo mercado".

Fonte: Diário do Grande ABC

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