A ação não trata de possível irregularidade na venda do Panamericano para a Caixa Econômica Federal (CEF), transação também investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal.
Irregularidades contínuas na contabilidade do banco permitiram a criação fraudulenta de um resultado positivo de R$ 3,8 bilhões, segundo o MP. A apuração afirma que o esquema seria coordenado pelo presidente do conselho de administração do banco, Luiz Sebastião Sandoval, pelo ex-diretor superintendente, Rafael Palladino, além do diretor financeiro, Wilson de Aro, do diretor de tecnologia, Eduardo Ávila Pinto Coelho, e de Claudio Barat Sauda (gerente de controladoria), Marco Antônio Pereira da Silva (chefe de contabilidade) e Marcos Augusto Monteiro (responsável pela administração das carteiras de crédito da instituição).
De acordo com o relato do MP, lançamentos manuais na contabilidade do Panamericano permitiram fraudar a contabilização das carteiras cedidas em R$ 1,6 bilhão, enquanto a contabilização das liquidações antecipadas rendeu outros R$ 1,7 bilhão. O valor a ser indevidamente contabilizado teria sido estabelecido em reuniões mensais, com a participação de vários dos denunciados.
Na área de cartões, o MP afirma que o diretor de crédito, Adalberto Savioli, e o diretor de cartões, Antônio Carlos Quintas Carletto, também teriam fraudado a provisão para devedores duvidosos do banco, ao deixar de lançar R$ 500 milhões nessa conta.
Fonte: Valor Econômico