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Por empregos, GM propõe congelar salários em São José dos Campos

Empresa propõe nova grade salarial e ajuste da Participação nos Lucros. Acordo pode garantir os 1.840 empregos que estão em risco na unidade.

31/08/2012 16:17

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Por empregos, GM propõe congelar salários em São José dos Campos

A General Motors propôs ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos o congelamento dos salários dos 7.500 funcionários da planta joseense em um período três anos.

A medida faz parte da pauta de reinvindicações da empresa para assegurar a manutenção de 1.840 empregos que estão em risco na unidade com a ameaça de fechamento da Montagem de Veículos Automotores (MVA).


O Sindicato dos Metalúrgicos e a empresa mantêm negociações para colocar fim ao impasse entre a montadora e os funcionários.


Além disso, a pauta sustenta outros 17 itens, entre os quais estariam a redução dos percentuais pagos atualmente pelas horas extras e adicional noturno - de 30% para 25% -, a rediscussão do pagamento da segundo parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) deste ano e a regulação de PLRs menores para os próximos anos.


A empresa também quer rever a cláusula de estabilidade para funcionários lesionados e readequar a grade salarial.

Os pontos vêm sendo discutidos nas rodadas de negociações entre a empresa e o sindicato, que tiveram início na última semana. Um encontro ocorreu nesta quinta-feira (30) e o próximo está agendado para 13 de setembro.

Segundo o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos, Luiz Carlos Prates, o Mancha, nos próximos dias serão feitas assembleias com os trabalhadores para discutir as reinvindicações da GM. Ele afirmou que serão analisadas contrapropostas para serem apresentadas à empresa. "Nós vamos apresentar o que a empresa nos passou aos trabalhadores, mas isso não quer dizer que todos os itens serão aprovados. Continuaremos a negociar", disse ao G1.

Pacote
Os itens propostos para GM fariam parte de um pacote para garantir o retorno dos 1.840 trabalhadores que estão em layoff - suspensão temporária dos contratos - desde a última segunda-feira (27), além de novos investimentos para a unidade de São José.

Atualmente, a planta que produzia cinco veículos no primeiro semestre (Zafira, Meriva, Corsa Hatch, Classic, S10), atualmente produz apenas os dois últimos.

A  empresa manifestou a intenção de fechar o setor de Montagem de Veículos Autotmores (MVA) até 30 de novembro, prazo para o término do layoff.

Outro lado
Procurada pelo G1, a empresa reiterou o posicionamento de não comentar as negociações que estão sendo feitas com o Sindicato dos Metalúrgicos.

Entenda o caso
A tensão entre os trabalhadores da GM e o Sindicato dos Metalúrgicos se acirrou depois que a empresa iniciou o processo de fechamento do MVA - uma das oito fábricas do Complexo Industrial de São José dos Campos.

O setor produzia quatro veículos: Zafira, Meriva, Classic e Corsa Hatch. O local emprega 1.840 dos 7.500 funcionários da GM. Atualmente a linha produz apenas o Classic. O MVA será totalmente fechado em 30 de novembro.

A GM não descartou a demissão em massa dos funcionários do setor. Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos iniciou uma campanha pela manutenção dos empregos.

Uma série de reuniões com a empresa e autoridades, representantes do Ministério do Trabalho e o ministro Guido Mantega foram realizadas desde julho. O acordo que evitou as demissões em massa entre a empresa e o sindicato só foi fechado no início de agosto em encontro na sede do Ciesp, em São José dos Campos.

Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região por Suellen Fernandes

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