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Os segredos da liderança de Jack Dorsey, confundador do Twitter e do Square

Bilionário acredita que apostar na ideia, e não na entidade do negócio, é chave para o sucesso.

24/10/2012 12:08

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Os segredos da liderança de Jack Dorsey, confundador do Twitter e do Square

Aos 35 anos, ele parece um empreendedor filosófico, um mago da tecnologia com inclinações místicas, mas Jack Dorsey é mais nerd do que Steve Jobs, já que, antes de empresário, é um programador, e tem o mesmo ego. O Twitter, que ele cofundou em 2006, reúne hoje 500 milhões de usuários e começou revoluções pelo mundo inteiro. Neste ano, o microblog deverá gerar US$ 290 milhões em anúncios. Já o Square fornece dispositivos que transformam smartphones em máquinas de cartão de crédito e débito para mais de dois milhões de negócios e atingiu US$ 220 milhões em renda.

As duas empresas tornaram Dorsey um bilionário. FORBES calcula que os seus 3% do Twitter valem US$ 240 milhões, e os 26,4% do Square, US$ 845 milhões. Juntos, os faturamentos renderam a sua estreia no Top 400 da revista.

O Twitter saiu da ideia de fazer um código para uma ferramenta de mensagens que poderia resgatar SMS antigos e salvá-los na internet. O trabalho foi feito em duas semanas e, aos poucos, a ideia foi se tornando uma empresa à parte. Assim, Dorsey foi capaz de gerir o negócio de forma inovadora, focando na essência, e não na entidade de negócios (algo que repetiria no Square).

Ele não pensava no Twitter como uma empresa. “A maneira mais eficiente de espalhar uma ideia atualmente é pela estrutura corporativa. Há 200 anos, era diferente e daqui a 100 anos também será”, afirma. “Mas tudo isso está a serviço da ideia.” Desde que ficou popular, em 2007, a rede social trouxe US$ 1,1 bilhão em dinheiro investido. Um ano depois, Dorsey saiu da presidência e já pulou para um novo projeto.

O Square surgiu de um problema prático: quando seu antigo chefe, o vidreiro Jim McKelvey, perdeu uma venda de US$ 2.500 por não aceitar cartão. Seu objetivo inicial era que pequenos empreendimentos aceitassem cartão via smartphones, sobre uma taxa de 2,75% do valor da compra. Como opção, eles começaram a oferecer o serviço por US$ 275 por mês para transações anuais acima de US$ 250 mil.

Mas o programa não é apenas sobre transações. Dorsey quer ajudar os vendedores a gerenciarem melhor seus negócios. Por isso, lançou o “Square Register”, um dispositivo móvel que auxilia na gestão de estoque, no acompanhamento de clientes, nas análises de negócios e afins. O próximo passo é o “Square Wallet”, que permite a compra de produtos sem passar um cartão ou, em alguns casos, como na Starbucks, sem ter nada nas mãos.

Dorsey pensa além do Twitter e Square? "Eu acredito no poder do ‘três’, por isso, conceitualmente, adoraria uma terceira empresa", brinca. Do quê? Ele diz que de educação e saúde. Ou algo mais, talvez. "Eu não acho que tenha havido qualquer revolução recente no nosso governo ou na forma como pensamos o funcionamento de governos", afirma. "Eu adoraria ver a tecnologia ajudar nisso."

Fonte: Forbes Brasil Por Eric Savitz

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