Falhar e, principalmente, estudar os erros dos outros é uma das mais importantes ferramentas de ensino corporativo que existem. Caroline Cummings, vice-presidente de Marketing da Palo Alto Software e cofundadora e ex-CEO de duas empresas de tecnologia, sabe bem disso. Ela já experimentou fracasso e sucesso em startups e chegou a levantar cerca de US $ 1 milhão em capital de investimento.
A executiva, que criou uma lista de dez razões pelas quais uma startup falha, teve sua primeira empresa de capital aberto, a OsoEco.com, de vendas de produtos saudáveis, dissolvida em 2009. Em sua história corporativa também está a RealLead, de comércio móvel para o setor imobiliário, que foi vendida no começo do ano. Além disso, Caroline cofundou diversos programas bem-sucedidos de empreendedorismo.
Veja a lista dela para ajudar outros investidores a evitar erros:
1. Equipe errada
Como Jim Collins, autor e consultor de negócios, bem lembrou no livro “Good to Great” (“O Bem para os Bons”, em tradução livre), “comece colocando as pessoas certas dentro do ônibus, tirando as pessoas erradas do ônibus e posicionando as pessoas certas nos assentos corretos”.
2. Um único fundador
Achar o cofundador certo é importantíssimo. Para isso, você deve ser capaz de reconhecer as habilidades que você não tem e ser capaz de admitir que tem limitações.
3. A equipe jurídica errada
Caroline descobriu que ter um conselheiro legal que não entende muito de leis de negócios é um dos grandes erros que uma empresa pode cometer no início. Tenha certeza de que achou um consultor com credibilidade.
4. Ser mais um peixe no oceano
Antes de começar, preste atenção a algumas coisas. O seu conceito é completamente novo? Você terá de ensinar aos seus consumidores potenciais sobre o seu produto? Existirá uma curva de aprendizado? Você pode emprestar técnicas que já foram criadas ou fazer parceria com empresas que já existem?
5. Não falar com os clientes
Muitas vezes, os empreendedores criam conceitos dentro de uma bolha, pois têm medo de que alguém roube a sua ideia ou porque querem que tudo seja perfeito. A metodologia de uma startup ensina a achar o produto mais valioso e seguir com ele. Teste o produto, o conceito ou o serviço para ver se é viável. Ele não tem que ser perfeito logo de cara, faça alterações quando necessário e inclua seus clientes na sua pesquisa e desenvolvimento.
6. Cautela demais
Se você demora muito para desenvolver, talvez perca o timing para o lançamento. Tire vantagem de todas as ferramentas e informações disponíveis para fazer sua empresa funcionar bem.
7. Ficar preso à ideia original
Mesmo que seja importante ter uma direção clara da sua empresa, você deve ser ágil quando se trata de uma startup bem-sucedida. Oportunidades surgem, projetos falham e situações mudam.
8. Pegar dinheiro burro
Não feche um contrato apenas porque precisa do dinheiro, pense no que esse dinheiro trará. Procure investidores que estão dispostos a orientá-lo, apresentá-lo a contatos e que tenham um interesse significativo no sucesso da sua organização.
9. Síndrome do fundador
Uma organização enfrenta a síndrome do fundador conforme o escopo de atividades e o número de funcionários crescem. A falta de uma estrutura de decisão e de um processo eficaz e inclusivo pode criar conflito entre os recém-chegados, que buscam envolvimento com o desenvolvimento organizacional e o fundador.
10. Gastar muito dinheiro
Moderação é a virtude que muitas startups acham difícil gerenciar. É importante estar disposto a gastar onde for necessário, mas gerencie o ponto de partida. Luxos como escritórios chiques não são necessários na fase inicial.
Esses dez passos vieram de falhas que Caroline está muito feliz por ter experimentado, porque ela agora tem o conhecimento de que precisa para melhorar o seu próprio negócio de capital aberto.
Fonte: MSN Forbes Brasil Por Jody Coughlin