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Participação de mulheres aumenta cinco vezes em uma década

A indústria foi o setor em que as mulheres obtiveram o maior ganho salarial em relação aos homens nos últimos dez anos

16/11/2012 10:46

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Participação de mulheres aumenta cinco vezes em uma década

O aumento para eles foi de 26,9%, e para elas, 31,7%, segundo o IBGE. A melhoria nas condições tem atraído mais mulheres para o ensino profissional e elas têm se destacado. A Olimpíada do Conhecimento - competição nacional organizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) que reunirá, de 12 a 18 de novembro, em São Paulo, os melhores estudantes da educação técnica do Brasil - aumentou cinco vezes a participação feminina em uma década. Saiu de 28 competidoras, em 2002, para 141 este ano.

O evento coincide com o lançamento pela presidente Dilma Rousseff da campanha de qualificação do Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Mulheres que Inovam. A iniciativa - anunciada no Palácio do Planalto no dia 12 de novembro - pretende incentivar o público feminino a buscar cursos de capacitação e qualificação profissional em setores que estão crescendo, como construção civil, indústria e informática.

Competidora da Olimpíada do Conhecimento 2012 na ocupação "Robótica móvel", Débora Batista da Silva, 18 anos, do SENAI-SP, é uma das promessas da sua área. Ela conta que não foi fácil quebrar as barreiras que existem à participação de mulheres em uma área tipicamente masculina. "Quando entra uma menina numa área dessas, todo mundo fica mais atento, a cobrança é maior, porque tem muitos casos de desistências. E eu acho que elas desistem porque nem todas conseguem lidar bem com essa cobrança", avalia a competidora.

Ela ressalta a importância de outras meninas entrarem e se manterem nessas áreas para acabar com o preconceito e a resistência à presença delas. Patrícia Thormann Thomazi, treinadora e avaliadora da ocupação Design Gráfico, trabalha no SENAI-RS há 15 anos. Envolvida com atividades da Olimpíada do Conhecimento desde 2006, avalia que a sociedade está mais aberta à atuação das mulheres em todas as áreas e que, no setor industrial, há uma maior aceitação à competência feminina, inclusive, em áreas mais tipicamente ocupadas por homens.

"As coisas foram mudando quando as indústrias começaram a contratar algumas mulheres e elas fizeram um bom trabalho. Isso abriu portas para as outras serem aceitas e contratadas", diz. Mas primeiro - comenta Patrícia - os empregadores acreditaram nelas. "Foi uma quebra de paradigma da própria indústria".

Ações para a inclusão - O Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), criado em 1999, prevê ações também para igualdade de gênero. "Nos últimos anos, as mulheres têm entrado maciçamente no mercado de trabalho. Por isso, o SENAI vem atuando para qualificar essas mulheres de forma digna", diz a coordenadora do PSAI, Adriana Bertoldi.

A instituição vem adotando muitas ações para minimizar essas diferença e uma delas foi a criação do curso de mecânica de automóvel voltada para mulheres. "Temos também muitas mulheres soldadoras, trabalhando em estaleiros fazendo solda especializada. Já está comprovado que as mulheres são melhores soldadoras do que os homens porque têm uma motricidade fina", relata.

"Na Olimpíada do Conhecimento, além de as competidoras estarem brilhando em grande parte das ocupações, elas estão em todos os postos: avaliadoras, avaliadoras-líderes, treinadoras, coordenadoras, chefes".

Fonte: Portal RH

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