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Previdência privada: governo vai obrigar bancos e seguradoras a alongar prazos de investimentos

Bancos terão até dezembro de 2015 para se adaptar às novas regras

03/01/2013 01:26

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Previdência privada: governo vai obrigar bancos e seguradoras a alongar prazos de investimentos

Num ambiente de juros mais baixos e diante da necessidade de garantir fonte de recursos para investimentos em infraestrutura, o governo vai obrigar instituições financeiras e seguradoras que vendem planos de previdência (chamados PGBLs e VGBLs) a substituir as aplicações de curto prazo e indexadas à Selic por papéis de longo prazo. As entidades terão um período de três anos, até dezembro de 2015, para se adaptar às novas regras. Já a a partir de junho deste ano, não será mais permitido reduzir o prazo dos investimentos das carteiras, apenas alongar.

— O Brasil precisa de funding (fonte de recursos) de longo prazo para financiar investimentos em infraestrutura — destacou o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Pablo Fonseca, acrescentando que os fundos de previdência são investidores com grande potencial.

A medida faz parte do processo de desindexação da economia, que começou com a mudança na regra da poupança. A caderneta tinha uma remuneração fixa em TR mais 6% ao ano e, agora, rende 70% da Selic quando a taxa for igual ou menor que 8,5%.

O prazo médio do conjunto dos investimentos em previdência de cada instituição terá que ser de três anos. Já o prazo médio remanescente (o que falta para vencer, dentro de uma média ponderada, considerando o pagamento do principal e juros dos papéis) é de cinco anos.

O setor movimenta R$ 300 bilhões por ano (dados de dezembro de 2012) e, de acordo com dados do governo, em março, 60% dos ativos estavam indexados à Selic. Com a mudança, a expectativa é que os ativos corrigidos pela taxa básica caiam para 20%. A medida vinha sendo discutida com representantes do setor e foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na última semana.

Fonseca explicou que a medida tem a finalidade de unificar as regras para os poupadores, que investem para garantir uma aposentadoria complementar no futuro, e para os gestores dos fundos de previdência. Desde 2005, os investidores que deixam os recursos aplicados por mais tempo têm incentivos fiscais (pagam menos Imposto de Renda) , mas as entidades caminhavam em outra direção, com aplicações quase diárias e ganhavam mais, porque tinham um custo menor para administrar as carteiras. Além disso, com uma taxa de juros menor, é preciso buscar alternativas para garantir uma boa rentabilidade aos participantes, disse Fonseca.

O governo também vai forçar os fundos de pensão fechados (das estatais e outras empresas) a reduzir gradativamente a meta atuarial anual, de 6% mais a inflação, para 4,5%, num prazo de seis anos (até dezembro de 2018). Essa meta corrige todos ativos e todos os passivos dos planos de previdência. A mudança foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), no mês passado e já está em vigor.

Fonte: O Globo

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