Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), informou nesta manhã que concordou em emprestar 1 bilhão de euros ao Chipre. Em comunicado, Lagarde diz que os termos do acordo serão definidos e aprovados no início de maio.
O valor será somado aos 9 bilhões de euros que o país irá receber da troica, grupo composto por Banco Central Europeu, Comissão Europeia e FMI.
De acordo com o FMI, o programa do Chipre será dividido em dois pilares. O primeiro tem o objetivo de restaurar a saúde do sistema financeiro e minimizar o impacto dos bancos para o governo do país. "Ações recentes resultaram em uma redução substancial do sistema bancário em relação a economia, assim como a reestruturação e recapitalização de um dos bancos", diz Lagarde.
O segundo pilar consiste em um ajuste fiscal "ambicioso e bem estabelecido", junto com uma proteção a grupos mais vulneráveis. Nesse ajuste, o FMI pede, entre outras coisas, que o país inclua um aumento de impostos corporativos do país de 10% para 12,5% e alcance um superávit primário de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2018. O sistema de segurança social será revisado para conter os custos administrativos, minimizar as lacunas nos programas existentes e melhorar os recursos públicos aos que precisam.
De acordo com Lagarde, esse é um programa desafiador e que requer grandes esforços da população cipriota.
Fonte: Valor Econômico