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Governo vai reduzir tributo do etanol para forçar queda da gasolina

Na tentativa de resgatar a competitividade do etanol, diminuir a importação de gasolina e baixar os preços das bombas,

23/04/2013 14:29

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Governo vai reduzir tributo do etanol para forçar queda da gasolina

Na tentativa de resgatar a competitividade do etanol, diminuir a  importação de gasolina e baixar os preços das bombas, o governo federal vai  reduzir a carga tributária e o prazo de compensação de crédito para o setor  sucroalcooleiro.

As principais medidas foram apresentadas na noite desta segunda-feira  pela presidente Dilma Rousseff a representantes do setor, que há anos pleiteava  um pacote de incentivo. Elas devem ser detalhadas pelo Ministério da Fazenda  durante a terça-feira.

Durante a reunião que durou mais de duas horas, Dilma pediu que, em  contrapartida ao pacote ofertado pelo governo, o setor aumente os  investimentos.

Como a Folha de S.Paulo antencipou, dando continuidade à política de  desonerações para tentar conter a inflação e aumentar a competitividade de  diferentes setores, o governo decidiu praticamente zerar a cobrança de  PIS/Cofins sobre o combustível, hoje equivalente a R$ 0,12 por litro de etanol  -ou R$ 48,00 por metro cúbico.

No entanto, representantes do setor alegam que a desoneração, por si só,  não resolve por completo o problema da rentabilidade, agravado nos últimos  anos. O governo, por sua vez, pretende estimular a produção de etanol,  preterido diante dos melhores preços do açúcar no mercado mundial.

Gasolina         Além de forçar a redução do preço da gasolina nos postos, o governo  quer, com as medidas anunciadas, diminuir a importação de gasolina ao aumentar  a oferta de álcool no mercado.

A política de desonerações de Dilma se transformou na principal  ferramenta para tentar conter a inflação e estimular a competitividade. A lista  de setores beneficiados com a redução da carga tributária só cresce.

As desonerações, contudo, têm como efeito colateral a redução do  superavit primário, espécie de poupança para pagamento dos juros da dívida  publica. Para reduzir o esforço fiscal e aumentar os próprios gastos governo  decidiu abater as desonerações da meta de superavit para 2013.

Estabelecida pela lei orçamentária, a meta de 3,1% do PIB (Produto  Interno Bruto) corresponde a R$ 155 bilhões em 2013. Desse total, o governo  federal economizar R$ 108,1 bilhões, mas já foi autorizado a abater desse valor  as desonerações e os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do  Crescimento), que juntos somam R$ 65,2 bilhões. Ou seja, na prática, a meta foi  reduzida para R$ 42,9 bilhões, ou 0,9% do PIB.

Fonte: FolhaPress

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