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Coparticipação em custos de benefícios é opção para PMEs

Compartilhar os custos com os funcionários é uma possibilidade para as pequenas e médias empresas conseguirem oferecer benefícios extras aos funcionários.

08/05/2013 09:06

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Coparticipação em custos de benefícios é opção para PMEs

Segundo estudo recente da MetLife sobre tendências de benefícios para funcionários, 54% dos trabalhadores jovens estão interessados em ter mais opções de benefícios, mesmo que eles tenham que compartilhar os custos - como seguro de vida ou cobertura residencial e de automóvel. Essa é uma possibilidade para as pequenas e médias empresas conseguirem oferecer vantagens extras aos funcionários.

Além dos benefícios estipulados pelos sindicatos em acordos coletivos, e das obrigações previstas em lei, o empregador pode oferecer outros de acordo com a política de empresa. Essa ação costuma ser vista como uma maneira de atrair e deixar os funcionários mais contentes em seu trabalho. "É uma interação entre o funcionário e a empresa, para ela deixá-lo mais satisfeito e alinhado com a estratégia dela", afirma Cláudio Gonçalves, professor da Trevisan Escola de Negócios, em São Paulo.

Segundo o professor, os benefícios cujos custos são compartilhados pelo funcionário não perdem seu efeito vantajoso. "O fato de ele existir já é um benefício para o funcionário. Ele não deixa de ser um benefício porque o funcionário tem que arcar um pouco com os custos."

A implantação desses benefícios deve ser bem estudada de acordo com a estratégia da empresa, levando em conta tanto o capital disponível, quanto o que agradaria os funcionários. "A equação deve ser favorável para os dois lados", diz Cláudio. Ele recomenda que seja feita uma pesquisa interna para descobrir os benefícios mais desejados.

Há várias opções de custeio por parte da empresa. Ela poderia, por exemplo, adotar um plano de saúde mais básico e o funcionário poderia pagar a mais caso quisesse uma versão mais completa. "Ela pode fazer uma proporção em que ela custeia dois terços e o funcionário, um terço. Existem vários modelos, não há um melhor que o outro. Depende do setor, do porte da empresa e da situação econômica", afirma Cláudio. "Se a economia e a empresa vão bem, cria-se um cenário bastante positivo para uma negociação favorável para o funcionário."

Além desses fatores, é necessário que o empregador trabalhe na comunicação da política aos funcionários para garantir que eles os vejam como vantagens oferecidas por aquela empresa.

Benefícios voluntários

De acordo com o estudo da Metlife, 57% das empresas entrevistadas com mais de 500 funcionários identificam os benefícios voluntários como elementos-chave na sua estratégia de benefícios - um aumento de 14 pontos percentuais em relação ao ano passado. Já entre as pequenas empresas, 31% delas os veem assim - um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano passado. "Essa oferta tem aumentado bastante. As empresas estão percebendo que os profissionais mais capacitados consegue produzir mais", afirma o professor.

Ainda segundo o estudo, entre os benefícios mais desejados pelos funcionários estão os seguros de residência e automóvel (44%), de vida (41%), invalidez (40%), odontológico e de doenças críticas (ambos 38%). No entanto, apenas 2% das empresas entrevistadas oferecem o seguro de residência e automóvel e 20% delas oferecem seguro de vida. Cláudio afirma que o auxílio-creche e o custeio de parte de programas de pós-graduação são boas medidas que podem ser adotadas pelas empresas.

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Fonte: Terra Empreendedorismo

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