As mulheres estão cada vez mais ganhando espaço no mercado de trabalho, principalmente no ramo dos negócios.
Um estudo feito pelo Sebrae, nas últimas décadas, entre 2001 e 2011, mostrou que houve um crescimento de 21% de mulheres no comando dos negócios, mais que o dobro do crescimento dos homens.
Em 2001, 59% das empresárias completavam a renda do marido no orçamento familiar. Em 2011, esse percentual baixou para 50%, dando lugar a uma nova taxa, a das donas de negócio que são chefes de domicílio, subindo de 27% para 37%.
De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, "as mulheres não empreendem apenas para completar a renda da família ou como passatempo, elas abrem uma empresa por identificar uma demanda de mercado e estão se perpetuando como empresárias de sucesso, sem espaço para amadorismo. As mulheres chegaram para ficar."
Outra informação importante feita com o estudo do Sebrae, foi que as empresas comandadas por mulheres estão se mantendo mais no mercado. Na última década, subiu de 48% para 54% a taxa de empreendedoras com negócios em atividade há mais de cinco anos.
Em relação ao setores de atuação, a análise revela que a prestação de serviços e determinadas atividades do comércio, como lojas de vestuário e acessórios, concentravam 80% das donas de empresas do início da década passada.
Dez anos se passaram e as mulheres desapontaram na indústria. Dentre as atividades industriais que mais atraem as donas de negócio são vestuário (47%), produção de artigos diversos, entre brinquedos e bijuterias (15%), indústrias de alimentos e bebidas (11%) e por fim, comércio e serviços, como salões de beleza, bares, lanchonetes e ambulante (64%).
O estudo também mostra que 36% das empresárias escolhem lojas, fábricas, oficinas ou escritórios para tocar suas empresas, enquanto 34% empreendem na própria casa.
"Percebemos que o empreendedorismo ainda é uma alternativa para inserir a mulher na economia formal, sem afastá-la dos cuidados da casa e dos filhos, o que não impede que as empreendedoras busquem abrir empresas por uma oportunidade", afirma Barreto.
Fonte: Infomoney