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Câmbio, inflação, gasto público e PIB vão ajudar o BC a decidir sobre os juros

Os chamados fundamentos da economia vão se encontrar, todos juntos, durante essa semana. Vamos conhecer o comportamento mais recente de cada um deles e, juntando tudo na mesma “calculadora”, o Banco Central vai decidir o que fazer com os juros.

27/05/2013 16:21

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Câmbio, inflação, gasto público e PIB vão ajudar o BC a decidir sobre os juros

Os chamados fundamentos da economia vão se encontrar, todos juntos, durante essa semana. Vamos conhecer o comportamento mais recente de cada um deles e, juntando tudo na mesma “calculadora”, o Banco Central vai decidir o que fazer com os juros – a expectativa é de um novo aumento de 0,25 ponto percentual, para 7,75% ao ano. Mas tem muita gente no mercado financeiro se preparando para um movimento mais forte, de 0,50 ponto percentual, como resposta “tempestiva” do BC à inflação.

Ultimamente o câmbio vem andando ao sabor da economia internacional, ou seja, flutuando de acordo com os movimentos do mercado. Os sinais de que a economia americana pode estar ganhando força e talvez não precise mais da mão pesada do Fed provocaram forte oscilação da moeda americana. Essa volatilidade deve continuar com certa intensidade essa semana porque serão divulgados dados que podem dar ou não consistência aos sinais positivos.

No Brasil, o IBGE divulga o índice de preços ao produtor, um indicador antecedente para acompanhar a trajetória dos preços até o consumidor. Se estiver mais barato para o produtor, algum repasse para o consumidor final sempre acontece. É o que estamos vendo com os preços dos alimentos. Primeiro eles caíram no atacado, principalmente porque lá fora, os preços também estão menores. Agora o efeito redutor começou a chegar no varejo, aliviando a inflação de alimentos na composição do índice oficial de maio, o IPCA-15.

Na quarta-feira, dia da decisão do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), o Tesouro Nacional apresenta o resultado das contas públicas do governo federal. O que interessa é saber quanto o governo central está conseguindo economizar para o pagamento dos juros da dívida pública – o chamado superávit primário. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que o governo não está “expandindo” os gastos e sim aumentando os investimentos. O presidente do BC, Alexandre Tombini, pensa diferente. Se o governo adota uma política expansionista, o trabalho do BC no combate à inflação deve endurecer.

Também no dia do Copom, o IBGE divulga o PIB do primeiro trimestre deste ano. As projeções indicam alta bem moderada nesse período, abaixo de 1%. Se for confirmado esse ritmo, o BC também incluirá em sua “calculadora” o efeito que a velocidade da economia pode ter no comportamento futuro da inflação.

O clima geral não é dos melhores. Apesar dos sinais positivos dos EUA (que podem ser ou não confirmados esta semana), a China desapontou o mundo ao assumir que está crescendo menos do que o esperado. A Europa, apesar da Alemanha, ainda patina sem equilíbrio. O nosso BC vem dizendo que a saúde da economia internacional é ponto determinante para a decisão sobre a taxa de juros.

Porque ninguém é de ferro, logo depois do Copom o Brasil terá um feriado para que as “calculadoras” alheias façam suas contas e as decisões importantes sejam tomadas – investir ou não? consumir ou não? confiar ou não?

Thaís Herédia

Fonte: G1

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